Antes mesmo do Natal, povos da antiguidade já usavam o adorno
Entre os vários símbolos do Natal, há um que a maioria das pessoas que se preocupa com a decoração da casa para celebrar o nascimento de Jesus não deixa de fora: a guirlanda fixada na porta de entrada das residências. Elas são muito mais antigas que a própria celebração do 25 de dezembro, conforme historiadores.
A tradição teria surgido em Roma, bem antes do nascimento de Jesus. Na época, os romanos acreditavam que presentear alguém com um ramo de planta trazia saúde. Então, eles passaram a enrolar os ramos em coroas, com o objetivo de desejar que todas as pessoas de uma mesma família fossem abençoadas com saúde. Tranças redondas, feitas de feno e trigo, eram penduradas pelos antigos nas portas, a fim de trazer boas colheitas. Os romanos tinham o hábito de comemorar o solstício de inverno também no final do ano, presenteando amigos e vizinhos com guirlandas feitas de galhos recém-cortados.
Já na era católica, as pessoas costumavam colocar o enfeite nas portas, pois acreditavam que eles protegiam a casa de energias negativas e maldades. Os crentes em superstições também acreditavam que as plantas, geralmente pinheiros, azevinhos e heras, ofereciam proteção contra bruxas e demônios no inverno. Por isso eram usadas na confecção do adorno. Os gregos também usavam guirlandas e ela era um sinal de poder e vitória, sendo também bastante utilizada como coroa. A coroa de louros, por exemplo, utilizada pelo deus Apolo na mitologia grega, é um tipo de guirlanda.
Para os cristãos, depois que a guirlanda foi incorporada ao Natal, passando a ser um dos principais símbolos, ela passou a representar a fé e a vida eterna, uma vez que o círculo é uma forma que remete à ideia de continuidade, eternidade. A Coroa do Advento, outro símbolo natalino, com quatro velas, é um tipo de guirlanda, só que usada sobre uma mesa ou balcão.