Mudanças deverão incluir sistema de climatização, novos bancos, banheiros adequados e reestruturação das áreas externas na Praça Brasil
REINALDO SILVA
Da Redação
Em 2021, quando a administração municipal anunciou a reestruturação do Terminal Rodoviário Urbano Ângelo Bogoni, na região central de Paranavaí, a expectativa era que as obras começassem no segundo semestre do ano seguinte. Vieram 2022, 2023 e 2024. 2025 já começou, mas, até agora, pouco da proposta avançou.
Por enquanto, o que há de concreto é o projeto-base, desenho em escala que mostra a relação entre os espaços e as características físicas vistas de cima.
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Guilherme Ruiz, apresenta imagens que representam as áreas destinadas aos ônibus circulares, aos passageiros e ao setor administrativo. Ao redor do terminal urbano, uma praça de lazer e um estacionamento que acompanha a Unidade Básica de Saúde Centro – única edificação que não sofrerá intervenções.
Ruiz adverte que a planta baixa não é definitiva. Haverá adequações para deixar o ambiente mais confortável e com características funcionais.
O que ele garante é a instalação de um sistema de climatização, mais bancos e banheiros adequados, só para citar alguns exemplos. Além disso, os pontos de acesso dos veículos passarão por mudanças, com facilidades para entrada e saída, seguindo o fluxo das vias públicas ligadas à Praça Brasil.
O projeto em análise foi desenvolvido por um estudante universitário e apresentado como trabalho de conclusão de curso, sendo cedido posteriormente à prefeitura. As alterações técnicas necessárias poderão ser feitas pela equipe de engenharia da administração municipal ou por empresa contratada por meio de licitação.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano, a intenção é concluir essa etapa, inclusive com os projetos complementares, até meados de 2026 e, a partir daí, buscar recursos para a execução das obras propriamente ditas.
É um longo caminho a ser percorrido, o que preocupa os usuários do terminal urbano.
Morador do Distrito de Sumaré, Ângelo Pedro de Oliveira está descontente com os bancos no local de espera; não são confortáveis. Também reclama da quantidade de pombas alojadas nas estruturas de sustentação do teto. Ele garante que já presenciou “muitos acidentes”, por assim dizer.
Vindo de São João do Caiuá, as amigas Vera Lúcia dos Santos Souza e Ledina Soares Santana consideram que os últimos anos trouxeram melhorias para o terminal urbano de Paranavaí. Os banheiros estão funcionando, os bancos foram trocados recentemente, a sensação de segurança aumentou.
Mesmo assim, as duas visitantes reclamam da falta de um bebedouro. Esperavam pelo ônibus havia mais de uma hora, fazia calor, sentiam sede, mas não tinham água para beber. Isso precisa ser resolvido com urgência, concordam.
Terminal urbano – A estrutura onde hoje está o Terminal Urbano Ângelo Bogoni foi inaugurada no dia 2 de dezembro de 1956. Por décadas, foi ponto de embarque e desembarque de passageiros não apenas de Paranavaí, mas de outros munícipios, funcionando como estação rodoviária. Em 2001, depois de passar por diversas revitalizações, ganhou o nome de Terminal Rodoviário Urbano Ângelo Bogoni.
O nome foi uma homenagem a um dos pioneiros de Paranavaí. Ângelo Bogoni chegou ao município em 1955, acompanhado pela esposa Maria Miglioranza Bogoni (que empresta o nome à UBS Centro) e pelos filhos Euclides, Zelindo Antonio, Geraldo, Inês Lourdes, Edir, Terezinha, Saul e Romeu. Ângelo Bogoni morreu no dia 12 de maio de 1998. A esposa, em 18 de dezembro de 2006.