O mercado exige cada vez mais produtos de qualidade e confiabilidade. No caso dos derivados da raiz de mandioca, um processo importante para a indústria de transformação é a pesagem do teor de amido, comumente feita de forma mecânica e sem padrões técnicos definidos. A automatização do processo se mostra como alternativa viável na busca por maior efetividade.
Em recente reunião dos associados, o Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (Simp) abriu espaço para a apresentação de um equipamento que promete auferir a renda de forma precisa. A balança hidrostática automática substitui a pesagem mecânica, eliminando as possibilidades de falha e melhorando os resultados.
O modelo posto em análise, batizado de Renda+, foi desenvolvido pela Four Tech Soluções Industriais e permite a coleta automatizada de mais de 300 quilos de amostras aleatórias ao longo de toda a carga diretamente da esteira transportadora.
Essa metodologia impede a influência direta do operador, que pode introduzir erros ou possibilitar fraudes no método tradicional de coleta manual. A amostragem aleatória garante representação mais fiel da carga total, o que minimiza as chances de manipulação e assegura maior rigor no controle de qualidade. Assim, o operador também se exime das eventuais pressões externas por parte dos produtores.
Com a padronização na pesagem do teor de amido, também se espera que o mandiocultor tenha mais cuidado na escolha das raízes que ingressam na indústria. Os resultados: melhor aproveitamento da matéria-prima e menos atritos com os produtores.
Pelo sistema mecânico, a renda média é feita a partir de pequenas quantidades de amostra, variando de três a seis. Normalmente, o resultado varia de 280 a 650 gramas. A remuneração do produtor é calculada com base nos dados obtidos na pesagem. Para dar um exemplo, se o teor de amido alcançar 500 gramas e o preço estiver em R$ 1,00, o valor a ser pago é de R$ 500 por tonelada.
Por enquanto, cinco empresas aderiram ao modelo automatizado, mas a expectativa do presidente do Simp, João Eduardo Pasquini, é que todos os industriais invistam na aquisição do equipamento, a fim de aprimorar os processos e alcançar excelência na produção de derivados da mandioca.