Agência Estadual de Notícias
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou 317 operações de repressão qualificada entre janeiro e outubro de 2021. No mesmo período em 2018, foram 80 operações, com crescimento de 296%. Essas ações são oriundas de investigações de alta complexidade e miram o crime organizado.
Desde o início da atual gestão, em 2019, o número de operações de repressão qualificada vem crescendo anualmente. Nos primeiros dez meses daquele ano foram realizadas 189, mais do que o dobro do ano anterior. Em 2020, o número subiu ainda mais, atingindo 298 operações.
Para o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach, o resultado é fruto do planejamento implementado. “Os trabalhos da PCPR possuem planejamento detalhado e uma atuação sistêmica e integrada de todas as unidades policiais. As operações de repressão qualificada são ações cirúrgicas, em que o foco principal é a desestruturação e a desarticulação de organizações criminosas atuantes no Estado”, explica o delegado-geral.
Operações de repressão qualificada são oriundas de investigações mais apuradas, que envolvem técnicas especializadas, intenso trabalho de investigação e, normalmente, geram vários mandados de prisão. São ações que têm como foco principal a desestruturação e a desarticulação de organizações criminosas.
Por demandarem mais tempo de investigação e um elevado grau de especialização, essas operações se diferem das outras ações gerais realizadas pela PCPR.
Estelionato – Um exemplo recente de operação de repressão qualificada foi a que resultou na prisão de 41 integrantes de organização criminosa responsável por aplicar golpes do falso empréstimo, gerando vítimas em todo o País.
A operação foi deflagrada no dia 7 de julho de 2021, no estados do Paraná e São Paulo. Mais de 250 policiais civis participaram da operação e além das prisões, foram cumpridos 58 mandados de busca e apreensão.
Outra operação de repressão qualificada foi realizada no dia 21 de julho do ano passado. A ação resultou na prisão de 22 integrantes de organização criminosa especializada em diversos roubos a fazendas e grandes empresas no Interior do Paraná. Durante as investigações de alta complexidade, a PCPR apurou que o valor de cada roubo era, em, de média R$ 300 mil, gerando um prejuízo milionário às vítimas.
Tráfico de drogas – Uma das ações de destaque foi a que resultou em 31 membros do crime organizado envolvidos no tráfico de drogas em seis cidades do Estado.
A operação aconteceu no dia 14 de outubro, nas cidades de Rio Negro, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Nova Esperança, Paraíso do Norte, Ponta Grossa e São Paulo (SP). Os alvos são indivíduos que comandam o tráfico no interior de penitenciárias e fora delas.
Outro exemplo aconteceu no dia 21 de outubro de 2021, no qual 17 integrantes do crime organizado envolvidos com homicídios e tráfico de drogas em Paranaguá, no Litoral do Estado, foram presos.
Apreensões – As operações de repressão qualificada também resultam em grandes apreensões como a ação que terminou com 1,5 tonelada de maconha apreendida no Centro de Curitiba, em setembro. Na ação, duas pessoas foram presas.
Em outubro, também na capital paranaense, uma tonelada de fios de telefonia foi apreendida pela PCPR. Durante as diligências, três pessoas foram presas por receptação.