Já é consenso entre especialistas que a lavagem nasal é uma técnica capaz de promover a limpeza das vias aéreas superiores, auxiliando no tratamento de doenças e ajudando a manter a saúde respiratória.
O procedimento é seguro e aconselhável inclusive para crianças, segundo a médica pediatra Agnes Andrade. “É um ato de autocuidado simples e de baixo custo, que trará um grande impacto na saúde do seu filho”, afirma.
A especialista elenca os principais benefícios da lavagem nasal. Segundo ela, quando realizada da maneira correta, a técnica remove o catarro, ajuda eliminar vírus e bactérias, hidrata a mucosa nasal e diminui o ressecamento do nariz. A realização recorrente ainda reduz o uso de medicamentos para rinite e sinusite, melhora os sintomas de rinites alérgicas e não alérgicas, além de melhorar o sono e reduzir a tosse causada por gotejamento posterior.
Apesar de simples e seguro, o procedimento demanda cuidados para que seja realizado da forma correta e atinja os resultados esperados. O primeiro passo é escolher o equipamento que mais se adeque às necessidades. Hoje, há disponível no mercado opções de seringas com adaptador, garrafinhas de alto volume, jato contínuo e conta gotas. Todos são capazes de cumprir o objetivo de limpar as vias aéreas.

Foto: Frederico Junglaus
Como fazer?
De maneira prática, a lavagem nasal tem o objetivo de injetar soro fisiológico no interior de uma narina e, em seguida, esperar que o líquido seja eliminado pela outra. Durante o procedimento, a indicação é inclinar o corpo para frente, deixar a cabeça levemente inclinada para o lado, manter a boca aberta e fazer a respiração bucal.
“Faça a lavagem sempre de forma suave, com volume adequado e sem pressão. Utilize soro morno, nunca gelado. É importante nunca fazer com a criança deitada e a qualquer sinal de dor, pare”, orienta a pediatra.
Agnes também explica que o fato de o soro não sair pela outra narina não é sinal de que o procedimento esteja sendo feito errado. “Isso pode acontecer em casos de desvio de septo, rinite atacada, ou resfriado em que o nariz fica muito edemaciado, podendo não passar e mesmo assim a lavagem ser eficiente”, acrescenta.
A técnica se mostra bastante segura na maioria dos casos. Há contraindicações da lavagem nasal somente em casos de suspeita de corpos estranhos dentro do nariz, pacientes com dificuldade de deglutição e risco de aspiração, pacientes com fissura palatina, crianças com defeitos da base do crânio e em casos de fraturas da face.
Em caso de dúvidas, a recomendação é procurar o médico pediatra de confiança para que o profissional corrija o procedimento.
SERVIÇO
Agnes Andrade – Médica pediatra (CRM 42.960 // RQE 31.841)
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