O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) celebrou a medida do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a comprar até 6,8 mil toneladas de fécula e farinha de mandioca da safra 2025. A decisão foi anunciada com o aval dos Ministérios da Agricultura (Mapa), do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Fazenda (MF), com investimento previsto de R$ 20 milhões.
A ação é uma resposta concreta às dificuldades enfrentadas pelos produtores, especialmente em estados como Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, e integra a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). A compra será feita por meio do mecanismo de Aquisição do Governo Federal (AGF), com o objetivo de assegurar uma remuneração justa aos agricultores familiares e evitar perdas por conta da queda nos preços de mercado.
“Essa medida do Governo Lula é muito importante para quem produz mandioca. Os agricultores estavam sendo pressionados pelos altos custos e pela baixa no valor pago pelo produto. Agora, com essa autorização, o governo garante uma referência de preço mínimo e valoriza o trabalho no campo”, afirmou Zeca Dirceu.
Embora a liberação tenha sido feita pelo governo Federal, Zeca Dirceu vem atuando politicamente para buscar soluções que contemplem os produtores de mandioca, em especial no Paraná. Em abril de 2024, o parlamentar esteve em Paranavaí, uma das cidades líderes na produção de mandioca, onde recebeu do vereador Josival Moreira da Silva (PT) um ofício solicitando apoio à inclusão do setor no programa federal de renegociação das dívidas agrícolas.
“Assim que recebi a demanda da base, encaminhei um ofício ao ministro Carlos Fávaro pedindo atenção ao caso dos mandiocultores. Eles também enfrentaram eventos climáticos adversos, além do alto custo dos insumos e da desvalorização do produto”, relembrou o deputado.
Paraná é destaque nacional na produção de mandioca – O estado do Paraná é o maior produtor brasileiro de mandioca para fins industriais, e concentra boa parte da produção nacional destinada à fécula e farinha. Entre os principais polos estão cidades como Paranavaí, Toledo, Cascavel, Castro, Arapoti, Nova Aurora, Guarapuava, Tibagi, São Mateus do Sul e Cerro Azul.
“A mandioca está no dia a dia do povo brasileiro. Valorizar quem planta é valorizar a agricultura familiar, é garantir alimento e emprego no campo. É isso que estamos fazendo ao manter esse diálogo com os produtores e com o Governo Federal”, disse Zeca Dirceu.
A Conab poderá adquirir até 3 mil toneladas de fécula, com limite de 90 toneladas por produtor (equivalente a 3.600 sacas de 25 kg), e até 3,8 mil toneladas de farinha, com limite de 105 toneladas por produtor (ou 2.100 sacas de 50 kg). A aquisição só será efetivada se os produtos atenderem aos padrões exigidos. O armazenamento será feito em unidades próprias ou credenciadas.
“Com certeza vem de acordo com as necessidades dos produtores. A mandioca está baixando, aí só assim aquelas indústrias pequenas começam a rodar. Aí dá competitividade das pequenas indústrias com as grandes. Aquelas que fazem fecularia e as que fazem apenas farinha branca, vão começar a rodar”, atestou o vereador Josival Moreira, de Paranavaí.