A esmagadora maioria dos prefeitos, bem como dos legisladores municipais do Paraná, é bem-intencionada. A afirmação é do presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Fabio Camargo, com base em análises dos processos de prestação de contas que são feitos anualmente pela instituição.
As pesquisas mostram que mais de 80% dos problemas registrados nos processos decorrem de erros formais, sem má-fé, o que fez inclusive com que a Escola de Gestão Pública do TCE-PR ampliasse ainda mais sua função de orientar os entes públicos através de cursos e palestras que, somente no ano passado, atingiram mais de 200 mil pessoas.
Camargo destaca que as inovações que foram adotadas pelo Tribunal ao longo de seu primeiro ano de gestão servirão também para orientar e dar ainda mais segurança para os gestores municipais.
Dentre elas se destaca o projeto de monitoramento de obras públicas por meio de satélites, formalizado em acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, através do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O projeto foi recentemente apontado pelo presidente da Associação dos Tribunais de Contas do Brasil (TCE-RS), conselheiro Cézar Miola (TCE-RS), em artigo publicado no jornal Zero Hora, como exemplo da utilização de ciência de dados e inteligência artificial no controle das contas públicas.