REINALDO SILVA
Da Redação
Duas atividades do agronegócio ganham destaque nas palavras do secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Paranavaí, Carlos Henrique Scarabelli: a mandiocultura e a citricultura. “São dois setores produtivos em que o município é protagonista”, pois concentra o maior volume de raiz de mandioca para fins industriais no Brasil e lidera a produção de laranja no Paraná.
A força do agronegócio se traduz em números. Uma pesquisa desenvolvida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) mostra que em 2024 o estoque de empregos formais em atividades como agricultura, pecuária e produção florestal chegou a 1.487. No acumulado de janeiro a junho deste ano, o quadro teve elevação e alcançou 1.517.
A expressão estoque de empregos se refere ao total de vínculos de trabalho com carteira assinada. No caso do levantamento da Fecomércio PR, foram consideradas as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Mandiocultura e citricultura “estão em alta, em pleno crescimento”, reiterou Scarabelli, apontando os impactos que a produção rural tem sobre a economia global do município.
A matéria-prima abastece a indústria, e “os dois setores prosperam juntos”. “De 2011 para cá, a gente viu uma expansão econômica, sobretudo da indústria, tanto nos resultados do Caged quanto no consumo de energia elétrica, porque Paranavaí começou a agregar valor. Antes, era só produção primária, mas com o advento das indústrias de citricultura e das fecularias, a economia de Paranavaí se consolidou.”
Considerando o setor industrial como um todo, a pesquisa da Fecomércio PR mostrou que de janeiro a junho deste ano, o estoque de empregos atingiu a marca de 6.854, representando 28,3% do total de trabalhadores com carteira assinada em Paranavaí. Trata-se do segundo maior volume, atrás apenas dos serviços, responsáveis por 8.575 postos de trabalho formais.
Na avaliação de Scarabelli, indústria e serviços estão diretamente ligados, à medida da necessidade de manutenções de maquinários, das terceirizações e do fornecimento de tecnologias. Até 2010, disse o secretário, o comércio era o maior empregador de Paranavaí; primeiro foi ultrapassado pela indústria, agora também pelos serviços, que lideram as estatísticas.