MONIQUE MANGANARO
Da Redação
Aprimorar o trabalho para garantir a saúde da população. Independentemente das atribuições de cada cargo, o resultado final da atividade dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate a endemias é apenas um. Reiterar essa prerrogativa foi o objetivo principal de uma capacitação realizada nesta quinta-feira (2) pela 14ª Regional de Saúde de Paranavaí no Centro de Eventos Armando Trindade Fonseca.

Foto: Ivan Fuquini
O encontro intitulado “Caminhos integrados: ACS e ACE em movimento” convidou os agentes, gestores e secretários de saúde dos 28 municípios que fazem parte da regional para discutir a integração do trabalho de ACSs e ACEs. A aproximação entre os grupos foi determinada pelo Ministério da Saúde para garantir a aplicação na prática em todo o território nacional.
A união já ocorre em certa medida no Noroeste, mas a proposta foi aperfeiçoar abordagens para obter efeitos positivos dentro de um cenário preocupante na região: a dengue. De acordo com a técnica da Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde Maria da Penha Francisco, esse período do ano é o momento de trabalhar a prevenção à doença visando impedir o aumento de casos e possíveis epidemias com a chegada do verão nos próximos meses.

Foto: Ivan Fuquini
Na prática, o objetivo é esclarecer que o combate à doença é dever de todos os agentes públicos. “Esse é o período para a gente ter o trabalho integrado e funcionando, eliminando o criadouro [do mosquito Aedes aegypti]. A gente tem um imaginário de que quem tem que fazer isso são os agentes de endemias, quando na verdade não é isso”, afirmou.
Elisângela Vandresen Gonçalves, da Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional, compartilhou com os participantes os dados epidemiológicos das arboviroses na região. Segundo ela, o Noroeste, que já lida há anos com o potencial agravante da dengue, passou a se preocupar também com a chikungunya depois que casos importados foram identificados na região.

Foto: Ivan Fuquini
“Esses dados são importantes para eles acompanharem e utilizarem para identificar as regiões com o maior número de casos e fazer o trabalho de combate e prevenção também. Eles exercem o trabalho de campo, trabalham na base da prevenção, a destruição de criadouros para não ter a proliferação do vetor, o transmissor do vírus”, considerou.
A integração para o combate à dengue já é uma realidade para Marcia Regina Silva Rodrigues, agente comunitária de saúde em Paraíso do Norte. No dia a dia do trabalho, enquanto visita pacientes, ela e os colegas estão treinados para identificar possíveis focos do Aedes aegypti. “A gente sabe quem é o ACE da nossa microárea e tem contato direto com ele. A gente conversa através do telefone, de mensagens, dá o endereço daquele imóvel [e eles] fazem a vistoria mais minuciosa. Se é um foco que dá para a gente eliminar manualmente, a gente elimina”, detalhou.

Foto: Ivan Fuquini
A colaboração tem efeitos diretos na saúde da população que, como citado no início, é o foco de todos os envolvidos no processo. E para Marcia, tem rendido bons resultados para o município. “A gente consegue prevenir situações que poderiam ficar mais graves”.