Ademir Barizon incentiva outras pessoas e fala dos benefícios da atividade física. Depois de correr em Paranavaí neste domingo (5), o atleta já tem outro compromisso marcado: a meia maratona de Curitiba, em novembro
Existe idade ou tempo certo para iniciar ou manter uma atividade física? Ademir Barizon, de Nova Esperança, prova que nunca é tarde. Hoje, aos 72 anos, ele se prepara para correr a prova dos 10km da Etapa Paranavaí do Circuito Sesc de Corridas, que é realizada neste domingo (5), na Avenida Heitor de Alencar Furtado.
Barizon, que faz parte do Grupo Acorrenor, concedeu entrevista ao Diário do Noroeste, contou sobre sua relação com a corrida de rua e o motivo para não aposentar os tênis. “São muitas histórias vividas com tantos amigos da corrida, isso me motiva a nunca desistir. Correr me impulsiona a ir mais longe”, disse.
O experiente atleta relembra que iniciou nas corridas em 1983, há 42 anos, estimulado pelo amigo João do Santos, considerado por ele um dos maiores exemplos da corrida de rua em Nova Esperança.
Desde então, Barizon correu em mais de 100 provas, incluindo nove maratonas. Entres tantas corridas e eventos, a mais marcante foi a Maratona de Porto Alegre, disputada em 2016, quando aos 62 anos de idade concluiu o percurso de 42km.

Foto: arquivo pessoal
Com a prática frequente, a corrida trouxe importantes benefícios a saúde de Barizon. Até os 30 anos, ele sofria de bronquite, mas superou o problema com a ajuda do esporte. “Não tomo nenhum remédio e tenho saúde perfeita. Meu lema é: “jovem doente, idoso sadio”, destacou.
Ele também opinou que os benefícios vão muito além da saúde física. “A corrida só me traz coisas boas, tanto no corpo quanto na mente. Além disso, me abriu portas para muitas amizades e reconhecimento nos pódios.”
Hoje, Barizon mantém uma rotina disciplinada: treina três vezes por semana, reserva um dia para academia e concilia os exercícios com o trabalho em período integral e os compromissos na Igreja. Todos os anos faz check-ups médicos e sempre recebe a mesma recomendação: continuar correndo.
Aos sábados, ele reúne vário atletas na frente da casa onde mora e segue para o um treino. O encontro que é realizado há mais de 6 anos. “Isso me deixa muito orgulhoso e feliz, saber que consigo incentivar as pessoas independentemente da idade ou porte físico. Todos conseguem.”
Barizon deixa um recado para quem acha que já passou da hora de começar: “Nunca é tarde. Na corrida, quanto mais velho você é, mais valorizado se torna. O único arrependimento é não ter começado antes.”
Depois da corrida em Paranavaí, o próximo desafio será a meia maratona de Curitiba, em novembro.