A chave para evitar dores nas costas, lesões no joelho e até o desgaste das articulações pode estar em um hábito simples e acessível: a prática regular de atividade física. De acordo com o ortopedista e especialista em medicina esportiva, Dr. Guilherme Falótico, o movimento não só previne problemas como também auxilia no tratamento de quem já apresenta dores ou condições musculoesqueléticas.
“Muitas pessoas ainda acreditam que se movimentar pode ‘gastar’ as articulações, mas é exatamente o contrário. Nosso corpo foi feito para o movimento e o exercício funciona como uma forma de manutenção preventiva para ossos, músculos e articulações”, afirma o especialista.
Segundo o médico, a atividade física traz benefícios concretos e comprovados. “Músculos fortes funcionam como suporte para ossos e articulações, absorvendo impactos e reduzindo a sobrecarga. Além disso, exercícios com carga controlada estimulam a formação de massa óssea, prevenindo a osteoporose. O movimento também favorece a circulação do líquido sinovial, que nutre e lubrifica as cartilagens, e mantém a flexibilidade, preservando a mobilidade articular.”
Os riscos do sedentarismo, por outro lado, são amplos e afetam diferentes perfis. “Adultos que passam muitas horas sentados acabam enfraquecendo a musculatura lombar, o que aumenta os casos de dor nas costas. Pessoas com sobrepeso sobrecarregam articulações como joelhos e quadris, acelerando o desgaste. Já os idosos, naturalmente, perdem massa muscular e óssea, o que torna o exercício ainda mais decisivo para preservar a independência e a qualidade de vida”, explica Dr. Guilherme.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é clara: pelo menos 150 minutos semanais de atividade aeróbica moderada, como caminhada rápida, natação ou ciclismo, além de duas a três sessões de fortalecimento muscular por semana. “Mais importante que a intensidade é a regularidade. É preferível manter uma rotina consistente de exercícios do que praticar de forma intensa e descontínua”, orienta o médico.
E quem já sente dores, deve se preocupar? Para o ortopedista, a resposta é não. “Mesmo quando o paciente já apresenta uma condição ortopédica, a atividade física continua sendo fundamental. Quando orientada por especialistas, ela fortalece a região afetada sem agravar a lesão e muitas vezes faz parte central do processo de reabilitação”, explica. A mensagem, segundo o Dr. Guilherme, é simples: “Movimentar-se é uma estratégia eficaz e acessível para preservar a saúde ortopédica em todas as fases da vida. Cada passo dado hoje é um investimento valioso na qualidade de vida do futuro.”