*Renato Benvindo Frata
Se o perfume fica nas mãos de quem oferece flores, também permanece no fruto o suor de quem plantou a semente, zelou da germinação, cuidou do crescimento e permanece enquanto a árvore segue adulta e produtiva. A exposição ao sol, à chuva, ao frio, ao calor, à quantidade de adubo, à poda e ao desgalhar necessários fazem a planta mais produtiva, os frutos maiores, mais doces e, quiçá, mais procurados e desejados.
É o caso do Diário do Noroeste – fruto de muito trabalho e cuidados – nos seus primeiros 70 anos de vida com a função de bem informar.
Cabe dizer que esse modelo, utilizado primeiro por Euclides Bogoni ao fundá-lo e lhe dar consistência comunitária, foi continuado por sua família em um segundo momento. Posteriormente, pela família Carvalho que mantém sua dignidade, crescimento, produtividade e respeito, tornando-o ingrediente salutar e necessário ao nosso café da manhã. Esperá-lo sob portas é o gesto que areja nossos olhos, enquanto nos atualiza.
Qual a única empresa de cunho particular, criada em Paranavaí que conseguiu se manter firme e altaneira nesses últimos 70 anos, além do nosso querido DN? A Viação Garcia é de Londrina e o Banco do Brasil, órgão de natureza pública. Portanto, nosso DN é a única empresa criada aqui a completar 70 anos; – se estiver errado, corrijam-me – e que se mantém firme nos propósitos e importância social iniciados em 1955.
Quantas pessoas, contadas desde o chão da gráfica até os mais letrados jornalistas e fotógrafos, deixaram nela o seu suor? Quantas cabeças pensaram para que essas edições chegassem a público? Quanto esforço físico, mental e material dispenderam e o fazem diariamente para esse fim?
Esse suor invisível se manifesta em cada vírgula, em cada ponto e em cada acento, proporcionando alegria na página social e conhecimento nas de notícias, sejam boas ou más. É o entretenimento aliado ao saber, a essência de que nossa razão necessita convertida em notícia fresca…
Silenciosa e diariamente, o DN nos inteira dos acontecimentos locais, regionais e mundiais. Ele é o “olho que tudo vê do espírito popular”, o “espelho espiritual” que reflete a sociedade, promove a cidadania, bem como adota a democracia ao informar e analisar fatos, enquanto fornece espaço para debate e crítica.
Aos 70 anos do DN — que se completam neste mês, – e aos 70 próximos a serem galgados com o espírito de fé e certeza de bom trabalho a nossa gratidão pelas experiências, a celebração da sabedoria e o aprendizado que vem se acumulando a bem da coletividade.
Que os homens possam oferecer mais alegrias que tristezas a serem noticiadas e que a esperança, a saúde, a persistência e a certeza de um mundo melhor possam coroar todo o esforço. Parabéns, DN. Paranavaí se orgulha do zelo com que trata essa digna, frondosa e produtiva árvore chamada simplesmente de jornal.