*Anderson Alarcon
Há 70 anos nascia o Diário do Noroeste, fruto da coragem, da fé e da visão de homens e mulheres que acreditaram no poder da informação como instrumento de transformação social. Desde então, o jornal tem sido mais que um veículo de comunicação: é um espelho da história de Paranavaí e de toda a região Noroeste, acompanhando cada passo, cada conquista e cada desafio que moldaram nossa identidade coletiva.
Falar do Diário do Noroeste é falar da própria cidade. É impossível dissociar a trajetória de Paranavaí de suas páginas, que registraram o nascimento de bairros, o crescimento da economia, as transformações políticas e sociais, as vitórias e as dores de um povo determinado. O Diário cresceu junto com a cidade — e, de certa forma, ajudou a fazê-la crescer.
Tive o privilégio de, ainda muito jovem, encontrar nas páginas do Diário do Noroeste um espaço para pensar, questionar e escrever. Falava de fé, de política, de justiça social — temas que continuam pulsando na alma de quem acredita num jornalismo comprometido com o bem comum. Hoje, reassumindo minha coluna semanal, sinto que retorno não apenas a um espaço profissional, mas a uma casa onde aprendi a transformar palavras em instrumentos de cidadania.
Sete décadas separam aquele jornal impresso em preto e branco — distribuído de porta em porta, com o cheiro marcante da tinta fresca — do veículo moderno, colorido e digital que o Diário se tornou. Adaptou-se ao tempo, atravessou crises, reinventou-se em meio às ondas da tecnologia e manteve-se firme como farol da verdade e da informação responsável. Poucos veículos no interior do Brasil podem ostentar trajetória tão sólida e inspiradora.
Em tempos em que a velocidade das redes desafia a profundidade da notícia, o Diário do Noroeste permanece como símbolo de credibilidade e equilíbrio. Cada edição, impressa ou digital, é prova de que o jornalismo local ainda é essencial para a democracia, para a construção de comunidades mais conscientes e para o fortalecimento do sentimento de pertencimento regional.
Não há como falar desses 70 anos sem reconhecer o esforço de tantas gerações de jornalistas, gráficos, editores, entregadores, fotógrafos e colaboradores. Gente que madrugou para que o jornal chegasse às ruas, que enfrentou o calor das rotativas e o frio das madrugadas, movida por uma mesma paixão: informar e servir à comunidade. A todos eles, o nosso respeito e a nossa gratidão.
O Diário do Noroeste é testemunha viva do tempo. Viu nascer sonhos, registrou mudanças e sobreviveu a todas as transições com a coragem de quem acredita no futuro. E é exatamente isso que desejamos: que o futuro continue generoso, que as novas gerações mantenham acesa a chama do jornalismo ético e comunitário, que é a essência deste periódico.
Celebro os 70 anos do Diário do Noroeste em 8 parágrafos, para celebrar também a prosperidade e o infinito da comunicação que une e transforma. Que o símbolo da eternidade e da abundância, marque este momento como presságio de um novo ciclo — cheio de luz, crescimento e sucesso. Parabéns ao Diário do Noroeste — patrimônio vivo de Paranavaí e do Noroeste do Paraná.