Em 2021, a Sociedade Protetora dos Animais de Paranavaí (Spap) acolheu 740 animais encaminhados pela equipe da Vigilância em Saúde, pela Guarda Municipal ou pelos próprios moradores. Desse total, que inclui gatos e cachorros, 221 foram adotados e 220 ainda estão abrigados, os demais morreram. Os números foram apresentados pela presidente Egleia Erédia, em reunião realizada na tarde de ontem. Participaram lideranças, representantes das forças de segurança e pessoas que defendem a causa animal.
Egleia explicou que a Spap não faz o recolhimento de animais, cuida daqueles que já estão abrigados, “do portão para dentro”. Oferece cuidados veterinários e alimentação. Só este ano, informou a presidente, 658 foram castrados gratuitamente ou com valor reduzido, a chamada tarifa social.
Ana Souza, do Departamento de Zoonoses e Bem-Estar Animal, da Vigilância em Saúde, contou que de janeiro até agora a Ouvidoria Municipal recebeu 551 denúncias de maus-tratos, abandono e morte, dos quais 133 foram considerados improcedentes. Nem sempre as situações informadas às autoridades se confirmam ou há casos em que os tutores vivem em condição de vulnerabilidade social. Por isso, há cautela na aplicação de multas.
A vereadora Fernanda Zanatta, que articulou o encontro de ontem, disse que assumiu um compromisso com a população: defender a causa animal. Tem conversado com profissionais da área e buscado caminhos para minimizar os problemas enfrentados em Paranavaí. Argumentou que é importante alinhar os discursos e aplicar as políticas públicas de forma eficiente. Entre as propostas, afirmou, está a construção de outros espaços para acolher os animais retirados de situações de risco. Já está conversando sobre isso com o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (KIQ), garantiu. (RS)