O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) prepara o lançamento de cinco novas cultivares no Show Rural, que será realizado entre os dias 7 e 11 de fevereiro no Parque Tecnológico de Cascavel (Oeste do Estado). São três cultivares de soja para cultivo orgânico, direcionadas a produtores interessados no mercado de alimentação saudável, uma nova opção de maracujá-amarelo e outra de mandioca para a indústria. As novidades serão apresentadas na quarta-feira (9), em evento dirigido a produtores, técnicos, dirigentes e lideranças do agronegócio.
“Uma nova cultivar é sempre uma resposta atualizada a demandas, dificuldades e anseios dos produtores. Esses materiais que agora lançamos não apenas solucionam problemas, mas apontam para um cultivo mais produtivo, rentável e ambientalmente sustentável”, afirma o diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza.
Mandioca – Própria para a obtenção de farinha e de fécula, IPR Paraguainha, da mandioca, se destaca pelo bom rendimento de amido no processamento industrial. No campo, é cerca de 30% mais produtiva que as cultivares atualmente disponíveis no mercado.
Indicada para plantio direto ou convencional, a nova cultivar apresenta resistência moderada às principais doenças que afetam plantios de mandioca. As plantas têm porte médio, o que facilita os tratos culturais na lavoura. A IPR Paraguainha pode ser cultivada tanto em solos de alta fertilidade, argilosos, como em terrenos com maior teor de areia. É indicada para plantio em todas as regiões produtoras do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Soja – As cultivares IPR Basalto, IPR Petrovita e IPR Pé-Vermelho, de soja, produzem grãos de sabor delicado e que podem ser usados em preparações culinárias sem tratamento térmico preliminar. “Eliminamos as enzimas que dão gosto desagradável e dificultam o consumo da soja na alimentação humana”, explica o pesquisador Wilmar Ferreira Lima.
Os novos materiais têm ciclo precoce, alto potencial produtivo, bom desempenho frente às principais doenças que atingem lavouras de soja e ampla adaptação, sendo indicadas para regiões produtoras de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Maracujá-amarelo – IPR Luz da Manhã é a primeira cultivar da espécie de maracujá-amarelo desenvolvida no Paraná. Destaca-se pela qualidade superior e dupla aptidão — a produção pode ser destinada tanto ao mercado de frutas frescas como para a indústria de polpa congelada.
Resultado de estudos conduzidos a partir de oito linhagens, IPR Luz da Manhã pode render até 30 toneladas por hectare, às quais é possível somar outras 50 toneladas se o produtor optar por um segundo ciclo de produção — mas essa última opção é recomendada apenas para zonas livres do vírus do endurecimento dos frutos, o CABMV.
A cultivar Luz da Manhã é indicada para regiões mais quentes, com pouca ocorrência de geadas.