DA FOLHAPRESS
O Palmeiras começou sua preparação para a decisão do Mundial dando prioridade ao descanso. Só o goleiro Weverton e os reservas foram ao campo do Zayed Sports City Stadium, em Abu Dhabi, nesta quarta-feira (9), enquanto os titulares fizeram um trabalho regenerativo no hotel onde a delegação alviverde está hospedada.
Após testes negativos de Covid-19, familiares dos jogadores foram liberados para encontrá-los e com eles almoçar. O clima era de tranquilidade e confraternização, apesar da tensão envolvida na partida final, contra o Chelsea, marcada para as 13h30 (de Brasília) de sábado (12), no estádio Mohammed Byn Zayed.
Os atletas acompanharam em um telão a vitória por 1 a 0 do time londrino sobre Al Hilal, resultado que definiu o segundo finalista nos Emirados Árabes Unidos. O campeão europeu teve bastante dificuldade diante do campeão asiático e levou pressão no segundo tempo, depois de ter marcado o único gol do jogo no primeiro tempo, com Lukaku.
O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, esteve no estádio ao lado dos analistas de desempenho Tiago Costa e Rafael Costa. Observou as boas jogadas construídas pelo Chelsea pelas pontas e percebeu a dificuldade que causa a força do centroavante Lukaku. Mas viu também fragilidades defensivas que podem ser exploradas, como a marcação pelo lado esquerdo.
O Palmeiras já havia assegurado no dia anterior sua presença na decisão. Diante do Al Ahly, do Egito, o campeão sul-americano se impôs e triunfou por 2 a 0, gols de Raphael Veiga e Dudu. Quando cresceram no duelo e ensaiaram uma pressão, os campeões africanos já estavam em desvantagem de dois gols e não conseguiram mudar os rumos.
“O ambiente está muito agradável, muito tranquilo”, observou o lateral direito Marcos Rocha, aliviado com a vitória sem sustos. “Ontem [terça], a gente sabia o que tinha que fazer. Existia um plano muito bem elaborado pelo Abel, pela direção, que conseguiu montar uma estrutura fantástica para a gente se adaptar a tudo.”
Agora, o desafio é maior. O título ficou com um clube da Europa nas últimas oito edições do Mundial. O último representante do velho continente a perder a taça, porém, foi justamente o Chelsea, que foi derrotado pelo Corinthians em 2012 e não teve uma estreia contundente no torneio atual.
“O futebol não engana mais a gente. Todos se preparam muito bem, e a gente enfrentou uma equipe que investiu milhões para estar aqui”, afirmou o zagueiro Thiago Silva, que não vê vantagem de nenhum dos lados na decisão. “O Palmeiras é grande e está mais forte com a presença da torcida aqui. Também somos fortes. Acho que não tem favoritismo”, concluiu o beque do time inglês.