REINALDO SILVA
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A nova unidade da Santa Casa de Paranavaí entrará em funcionamento na primeira quinzena de março, a data ainda não está definida. Inicialmente, serão feitas cirurgias eletivas para atender a demanda do Sistema Único de Saúde, 312 procedimentos por mês, e dentro de um ano o hospital contará com toda a estrutura clínica-médica.
A assinatura do contrato foi confirmada pelo Governo do Estado para esta quinta-feira (17), às 14h, com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior e do secretário de Saúde Carlos Alberto Gebrim Preto (Beto Preto).
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o repasse anual será de R$ 5,6 milhões para o custeio das cirurgias eletivas, com abrangência em 21 municípios da Região Noroeste. As prefeituras atendidas dividirão o restante do valor, algo em torno de R$ 5,3 milhões.
O diretor-geral da Santa Casa, Héracles Alencar Arrais, informou que o tempo entre a assinatura do contrato, hoje, e o início do funcionamento efetivo da Unidade Morumbi é necessário para concluir a preparação das equipes. Parte dos funcionários já integra o quadro da Santa Casa e será realocada do hospital central para a nova estrutura. Outros profissionais serão contratados. Conforme resumiu Arrais, uma integração de experiência com renovação.
Espera – O prédio foi inaugurado no final de 2018, pela então governadora Cida Borghetti, e a expectativa era começar os atendimentos no ano seguinte, quando Ratinho Junior assumiu o Governo do Estado. A mudança de gestão adiou o funcionamento.
Esperava-se, então que as cirurgias eletivas começassem em 2020, mas a chegada da pandemia de Covid-19 exigiu investimentos específicos da Sesa e a readequação de leitos para pacientes com complicações da doença. Os procedimentos cirúrgicos eletivos, ou seja, aqueles com data programada e sem urgência, foram suspensos em todo o Paraná. Quando esteve em Paranavaí em 2020, o governador falou sobre esse cenário.
Com a vacinação alcançando grande parte da população e os casos de Covid-19 apresentando menor gravidade, a cirurgias foram retomadas, possibilitando novos investimentos.
Na lista de especialidades estão otorrinolaringologia, cirurgia geral, ginecologia, urologia, vascular, ortopedia, oftalmologia, bucomaxilar, cirurgia plástica e neurocirugia. Outras demandas também serão atendidas.
Descentralização – Inicialmente, os 28 municípios do Noroeste do Paraná seriam atendidos, mas durante o processo alguns prefeitos passaram a defender a descentralização dos serviços e decidiram não participar da divisão de custos. Assim, pacientes de Loanda, Porto Rico, Querência do Norte, Santa Cruz de Monte Castelo, Santa Isabel do Ivaí, Santa Mônica e São Pedro do Paraná não farão cirurgias eletivas na Unidade Morumbi.
Os moradores dessas cidades serão atendidos no Hospital Santa Catarina, em Loanda, que também deverá receber investimentos do Governo do Estado. No início da semana, gestores municipais estiveram em Curitiba e falaram da proposta com o secretário de Saúde Beto Preto.
Parque Urbano – O Governo do Estado também confirmou para esta quinta-feira (17) a assinatura do convênio com a Prefeitura de Paranavaí para o início das obras do parque de lazer na Vila Operária, no terreno atualmente utilizado para descarte de lixo. O investimento será de aproximadamente R$ 9 milhões. Com a assinatura, a Administração Municipal dará sequência ao processo de licitação que levará à contratação da empresa executora das obras.
Em janeiro de 2021, o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, visitou Paranavaí e anunciou a liberação do recurso, parte do programa Parques Urbanos, lançado em 2019. O objetivo é incentivar a criação de ambientes de lazer e turismo em regiões de fundo de vale ou áreas de erosão, promovendo, ao mesmo tempo, a conservação ambiental.
O novo parque oferecerá à comunidade espaços para práticas esportivas: campo de futebol, quadras de vôlei, de tênis e poliesportiva, pistas de skate e de caminhada, academia da terceira idade, playground, vestiários e sanitários.
A construção garantirá a conservação do solo e da água, já que atualmente o terreno na Vila Operária recebe os mais diversos tipos de resíduos sólidos, desde entulhos e descartes de construção civil até materiais orgânicos. Já são mais de 30 anos desde que o espaço começou a ser utilizado como depósito de lixo.