ADÃO RIBEIRO
Da Redação
César Silvestri Filho foi prefeito de Guarapuava (gestões 2013 a 2020) e agora percorre o Paraná por um objetivo maior: ser governador. Nas andanças para viabilizar a pré-candidatura, Silvestri Filho esteve em Paranavaí nesta quinta-feira e visitou a redação do Diário do Noroeste. Terceira via talvez seja um termo “batido”. Mas, o jovem político (nascido em 1980), se apresenta como uma opção ao que considera polarização na disputa pelo Palácio Iguaçu.
Ele analisa que entre o atual governador Ratinho Júnior e o tradicional político Roberto Requião, apontado também como pré-candidato, existe espaço para o debate sobre novas perspectivas. É neste espaço que pretende divulgar as suas propostas, amparadas pela experiência de dois mandatos como prefeito de uma importante cidade paranaense com população estimada superior a 183 mil habitantes. “Venho para ser uma opção concreta aos polos que se apresentam”, resume.
Silvestri filho esteve no DN acompanhado de lideranças locais, dentre elas, o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (KIQ); o vereador Luis Paulo Hurtado; o advogado Ademair Giandotti Júnior (assessor jurídico da Câmara); o assessor de Leônidas Fávero Neto, presidente da Câmara de Vereadores, David Grandi; além da assessora de imprensa, jornalista Karina Louise.
Sem constrangimentos, mas apenas para esclarecer ao ser indagado, KIQ explicou que acompanhou Silvestre Filho na condição de chefe do Poder Executivo da cidade e também por ser amigo do agora integrante do PSDB. Ambos pertenciam ao Podemos, partido ao qual o prefeito paranavaiense permanece filiado.
Propostas – Descartando as tradicionais bandeiras políticas, Silverstri Filho defende o que chama de conjunto de ações que funcione de verdade. Entende que tal programa deva abranger o Paraná por inteiro, desenvolvendo a indústria e outros setores da economia. Na sua visão, o Paraná concentrou a industrialização em duas grandes regiões a partir da capital.
Ele vê ausência do estado nas políticas de agroindustrialização do interior. Neste quesito, a Macrorregião Noroeste tem um papel de protagonista, desenvolvendo toda a sua capacidade e competência a partir de políticas públicas. O Governo, reforça, pode ser um indutor desse processo.
Pedágio – O pré-candidato também, falou sobre a política para os pedágios. Ele entende que há pouco detalhamento sobre o tema. Neste ano as praças foram liberadas da cobrança. No entanto, Silvestri teme as consequências das futuras licitações, já que na sua visão não há informações claras sobre as novas praças e os valores que serão cobrados.
A preocupação do postulante do Palácio Iguaçu é que as novas licitações e praças encareçam o valor do pedágio, refletindo nos custos da produção das regiões. Como pondera, o transporte é item importante na formação do custo final das mercadorias.
Educação – A educação sofre reflexos por conta da pandemia de Covid-19 nos últimos dois anos. Para o pré-candidato, é preciso debater as estratégias visando a recuperação do tempo e dos conteúdos eventualmente perdidos.
Sugere uma reflexão sobre as novas perspectivas da educação. Cita como exemplo que no ano de 2030 pelo menos 30% das profissões a serem executadas ainda nem existem atualmente. Portanto, defende, é preciso preparar os jovens para o raciocínio lógico, trabalho em equipe e formação capaz de proporcionar adaptação às mudanças que virão. “A capacidade de respostas aos cenários será tão importante quanto o conteúdo”, reforça.
Provocado, concorda que em certa medida o foco na simples formação técnica deve ser repensado. O aparato tecnológico a ser oferecido deve ser entendido como ferramenta. O papel do professor será ainda mais relevante neste mundo com novos desafios, cita.
Social – Ainda por conta da pandemia, os governantes terão novos desafios na área social. Silvestri Filho lembra que é preciso desenvolver políticas sobre saúde mental e empobrecimento. Atualmente o Governo Federal oferece a transferência de renda. No entanto, estados e municípios deverão identificar suas demandas e atuar para redução dos dramas sociais.
“Miséria tem CPF”, ensina o postulante. Por isso, acha importante identificar as pessoas carentes nos municípios e criar programas para mudar a condição delas, eliminando a fome prioritariamente. Qualificação, habitação e assistência à saúde e educação são igualmente determinantes, exemplifica. Ele citou exemplos aplicados em Guarapuava quando foi prefeito.
Para concluir, Silvestri Filho faz um aceno aos paranavaienses de forma assertiva: “Se eu for governador, Paranavaí estará no Governo”.