REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
Dos 147 leitos de Enfermaria destinados a pacientes com Covid-19 em hospitais da Macrorregião Noroeste, 42 estavam ocupados na tarde de sexta-feira (4), taxa de 29%. No caso das UTIs, eram 35 pessoas internadas, ou 32% do total. Trata-se de uma queda significativa em relação aos momentos mais críticos da pandemia, quando havia fila de espera por vagas. A situação na Santa Casa de Paranavaí era ainda mais favorável, sem internações.
A chefe de Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Samira Silva, comemorou a redução nos casos moderados e graves da doença e disse que esse é o resultado do avanço na estratégia de vacinação. Até quarta-feira (2), 224.717 moradores do Noroeste do Paraná receberam a primeira dose e 197.982 completaram o esquema vacinal. A média de cobertura era de 88,10%.
É uma reação em cadeia. “Quanto mais pessoas estiverem vacinadas, menor será a circulação do vírus. Ele perde forças”, destacou Samira Silva. Assim, menos indivíduos ficam suscetíveis à Covid-19 e a transmissibilidade e as internações diminuem. Os registros de mortes se tornam mais espaçados e as vítimas normalmente têm comorbidades associadas ou não concluíram o cronograma vacinal.
Datas festivas – De acordo com a chefe de Vigilância Epidemiológica, as primeiras semanas de janeiros apresentaram elevação preocupante no número de casos positivos. A explosão de confirmações teve como causas a circulação da variante Ômicron, transmitida mais rapidamente, e o relaxamento dos cuidados durante as festividades de dezembro e janeiro.
Para ilustrar a análise de Samira Silva, basta comparar os cenários em Paranavaí. No período de 13 a 18 de dezembro de 2021, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou apenas 13 casos. Passando para o início deste ano, Paranavaí teve marcas recordes, com 1.070 diagnósticos positivos entre os dias 19 e 22 de janeiro. Na última sexta-feira (4), foram detectados 90 casos novos.
A preocupação é que os dias de recesso e as comemorações durante o Carnaval tenham o mesmo resultado. Se assim for, pode haver outra elevação nos números dentro de 10 a 15 dias.
Incidência – O boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) de sexta-feira mostra como está a situação da 14ª Regional na comparação com o Paraná. No caso do coeficiente de incidência por 100 mil habitantes, os municípios do Noroeste têm 22.750,3, acima da média estadual de 20.312,8.
Em relação ao coeficiente de mortalidade, que indica a proporção de óbitos por 100 mil moradores, a 14ª Regional tem 285,9, número menor do que o do Paraná, 366,5.