REINALDO SILVA
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De agosto de 2021 até agora, os municípios do Noroeste do Paraná somam 111 casos positivos de dengue. Os registros são pulverizados, poucos a cada semana, porém contínuos. A circulação viral e o alto índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, podem causar surtos a qualquer momento. Somam-se fatores como as temperaturas elevadas e as chuvas frequentes, que garantem condições favoráveis para a reprodução do inseto.
A preocupação com o avanço da dengue levou o Sesc PR a desenvolver a campanha “Aqui o mosquito não entra”, uma iniciativa que tem como objetivo incentivar a eliminação de criadouros do Aedes aegypti. Trata-se de uma competição amigável: através de um aplicativo digital, os moradores registram imagens de antes e depois e somam pontos para o município de residência. Vence quem alcançar os melhores números.
Este sábado (12) será o “Dia D” de combate e prevenção à dengue. Em Paranavaí, equipes do Sesc e profissionais de saúde estarão na região central para divulgar o aplicativo e incentivar a participação das pessoas na campanha. Também farão orientações sobre o combate ao Aedes aegypti, com apresentação de cartazes e distribuição de panfletos informativos.
A gerente-executiva do Sesc de Paranavaí, Lidiane Galvan, aponta outros serviços que serão oferecidos durante a ação de sábado: testes de colesterol e glicemia e verificação da pressão arterial, todos gratuitos.
O convite de Lidiane Galvan é para todos os munícipes: que limpem seus quintais e eliminem focos e possíveis criadouros do mosquito. Também pede que participem, de forma coletiva, dessa grande ação de prevenção e combate à dengue. Ela avalia que o problema de saúde pública só será resolvido com a participação de cada cidadão.
A 14ª Regional de Saúde é parceira do Sesc PR na realização da campanha e reforça o pedido para que as equipes municipais se envolvam neste “Dia D”. O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde, Walter Sordi Junior, destaca que apesar dos números baixos, o risco de uma explosão de casos não está descartado, por isso é essencial levar orientações para os moradores.
Mais do que isso, é necessário que o poder público intensifique a limpeza de terrenos e a manutenção de bocas de lobo e galerias pluviais. As ações de fiscalização também precisam ser mais efetivas. De acordo com Sordi Junior, na maioria das vezes, os municípios esperam a ocorrência de surtos para agir. A hora é agora, alerta.
Segundo a 14ª Regional de Saúde, na semana passada foram feitas 21 notificações de casos de dengue nos municípios do Noroeste. Desde o início do atual período epidemiológico, em agosto do ano passado, já são 1.017. Desse total, 31 ainda estão em fase de investigação. Até agora, nenhum paciente morreu por complicações da doença.