Mateus 6:14 – Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará.
Cristo sempre Se apresenta ao homem com uma bênção em cada mão: numa, o perdão; na outra, a santidade. Ele jamais concede uma sem dar a outra.
O perdão é uma porta que nos leva à sala de comunhão com Deus e com o nosso próximo.
O perdão é um dom celeste. Não é fruto da ousadia humana, mas da brandura divina. O Dr. Mário Pereyra, em seu livro Psicologia da Reconciliação, fala sobre os passos do perdão. Diz ele que o caminho da reconciliação passa primeiro pelo reconhecimento moral da culpa, que produz pesar ou dor. Isso é obra do Espírito Santo. Depois, vem o arrependimento, ou seja, a decisão de mudar e a disposição de não voltar a repetir o erro. O arrependimento precisa ser comunicado ao ofendido. Esse passo é a confissão, que exige a confrontação com a vítima. Segue-se o pedido de perdão que, em geral, está entrelaçado com a confissão. O último passo é a restauração do relacionamento entre o ofensor e o ofendido.
Jesus deixou bem claro que, quando não resolvemos nossas dívidas com o nosso próximo, não obtemos o perdão da parte do Céu.
O Dr. Pereyra conta a história de duas famílias que se desentenderam por causa de uma cerca que dividia suas terras. Eram famílias influentes na política e no mundo dos negócios, num povoado ao sul do Chile. Por muito tempo alimentaram ódio e ressentimento mútuos. Até que um dia o pastor Sirtoko chegou àquele lugar e tomou a decisão de ministrar a palavra da reconciliação. “Nenhum dos dois lados – diz o Dr. Pereyra – sabia que o outro também estava estudando a Bíblia”. E chegou o dia em que ambos, tocados pelo poder divino, pediram para ser membros da igreja. Nesse ponto, o pastor leu Mateus 5:23 e 24: “Se, pois, ao trazeres ao altar a Tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão”.
A reação foi a mesma da parte de ambos: “Pastor, peça-me qualquer coisa, menos isso. Jamais irei aceitar esse indivíduo”. O pastor, com fé e oração, despendeu muito tempo até que, um dia, vinte anos depois do início da contenda, os inimigos se perdoaram. E foram batizados no mesmo lago. A reconciliação foi o resultado da conversão.
Reflita sobre isso no dia de hoje e ore agora:
Obrigado, Pai, por sempre teres o perdão disponível para nós, seres humanos. Que sejamos, também, generosos ao perdoar aquele que precisa do nosso perdão. Encha o nosso coração de amor, Pai! Por favor! Em nome de Jesus, amém!