O endividamento dos paranaenses foi um pouco menor em fevereiro. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 92,3% das famílias do estado possuíam algum tipo de dívida. Em janeiro esse percentual era de 93%.
O endividamento caiu nas duas faixas de renda analisadas: entre as famílias com rendimentos até dez salários mínimos, o índice saiu de 92,6% no início do ano para 92% em fevereiro; entre as famílias que ganham acima desse patamar, os envidados passaram de 94,6% para 93,4%.
Entretanto, a parcela de famílias com contas em atraso subiu pelo terceiro mês consecutivo, passando de 20,7% em janeiro para 21,5% em fevereiro. O número de endividados que não terão condições de pagar suas contas também aumentou, de 7,6% em janeiro para 8,8%.
Ainda que normalmente as famílias de menor renda tenham mais dificuldades de pagar seus débitos, com 23,6% delas com contas em aberto, as famílias com renda alta tiveram o crescimento mais elevado nos atrasos dos pagamentos nos últimos meses, saindo de 6% em novembro de 2021 para 11,4% em fevereiro. Já nas famílias de menor renda essa variação tem sido menor.
Tempo de atraso
O tempo médio no atraso no pagamento das dívidas é de 61 dias. Nas famílias de renda alta, na maioria dos casos (47,4%), o atraso não passa dos 30 dias. Já entre as famílias de menor renda, boa parte (49%), mantém o atraso nos pagamentos por tempo superior a 90 dias.
Tipo de dívida
O cartão de crédito, apesar de se manter estável, continua sendo o principal tipo de dívida das famílias paranaenses. Representando 77,7% das dívidas, está 7,8% maior do que em fevereiro do ano passado e 6% maior do que em fevereiro de 2020.
O financiamento da casa correspondeu a 9,2% das dívidas dos paranaenses em fevereiro, e o financiamento de veículo, a 7,1%.