Atenta às necessidades de crédito para manter ou ampliar os negócios no segmento de turismo nesse período em que é necessário estimular a retomada da atividade econômica, a Fomento Paraná, atendendo determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, está colocando novos recursos à disposição dos empresários deste segmento e de atividades correlatas, como bares, restaurantes, empresas de shows e eventos.
A instituição recebeu uma sinalização do Ministério do Turismo de repassar novos recursos do Fungetur (Fundo Geral de Turismo) e também vai utilizar recursos do BNDES para atender esse setor, um dos que teve as atividades mais afetadas no período da pandemia e ainda não conseguiu retomar plenamente os negócios.
Desde 2020, a linha de crédito Fomento Turismo disponibilizou R$ 44 milhões em crédito para micro e pequenas empresas ligadas ao setor e outros R$ 42 milhões poderão ser contratados nos próximos meses, principalmente para capital de giro.
De acordo com o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves, a instituição entende que turismo não é uma atividade somente de verão, mas durante qualquer período do ano, e por isso está priorizando a atenção às atividades turísticas no Estado ofertando linhas de crédito com taxas de juros e condições diferenciadas.
“O Paraná tem um dos maiores atrativos turísticos do País, que é Foz do Iguaçu, com as cataratas, que são um Patrimônio da Humanidade, a represa de Itaipu Binacional, a visita aos países vizinhos para compras, mas esses não são os únicos atrativos e todos precisam de apoio nesse momento”, afirma.
De acordo com o diretor-presidente, o Estado possui uma natureza exuberante e muitos destinos atrativos com potencial econômico a ser trabalhado, como a Ilha do Mel e as praias do Litoral, as áreas de represas da Costa Norte, na divisa com São Paulo, nos rios Itararé e Paranapanema, assim como represas ao longo do Rio Iguaçu. Canyons como o Guartelá, as dezenas de cachoeiras de Prudentópolis e parques como Vila Velha.
O Estado também é forte em turismo de negócios, na Capital e em várias cidades onde acontecem grandes feiras agroindustriais e de outros ramos que atraem multidões. “Há ainda diversos roteiros gastronômicos, de turismo religioso e rural sendo desenvolvidos e que igualmente possuem potencial de atratividade e de geração de emprego e renda neste segmento”, destaca.
Tendências – Diversos estudos e pesquisas apontam tendências de crescimento para ao turismo. Dados do Sebrae sobre consumo e mercado no pós-pandemia, por exemplo, apontam boas perspectivas para o turismo introspectivo, no qual as pessoas desejam fazer “retiros rurais” ou passar temporadas em locais mais tranquilos e isolados, especialmente quando cercados por natureza. Segundo o Ministério do Turismo, 25,6% dos turistas no Brasil buscam por ecoturismo e viagens de aventura.
“A pandemia nos ensinou que precisamos mudar o modo de fazer turismo e os indicativos demonstram que o turismo que mais vai crescer no mundo é o turismo de grandes negócios ligados ao meio ambiente. O Paraná tem diversas atrações nessa modalidade e aqui adotamos o conceito de ‘quem usa cuida’, promovendo educação ambiental junto à exploração turística desses espaços”, destacou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.
Pesquisa de uma grande empresa de reservas de hospedagem online aponta tendências no mesmo caminho, como o desejo de estender períodos de férias por alguns dias, se for possível trabalhar remotamente. Muitos viajantes preocupam-se também com a flexibilidade da oferta dos serviços com foco em garantias para não perder dinheiro, possibilidade de cancelar reservas e de reagendar novas datas gratuitamente.
Ainda de acordo com essa pesquisa, 73% dos viajantes do Brasil querem conhecer gente nova durante uma viagem e 79% estão ansiosos para socializar durante as férias.
Esses fatores representam oportunidades para os pequenos negócios e potencial para fortalecer a economia em cada região, se o empreendedor souber se preparar para atrair este público, conseguindo equilibrar adaptações necessárias, como preservação e tecnologias de conectividade.