REINALDO SILVA
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A Casa Civil do Governo do Estado confirmou a vinda de Carlos Massa Ratinho Junior ao Noroeste do Paraná na próxima terça-feira (3), a informação havia sido antecipada ao DN pelo deputado estadual Tião Medeiros. Os compromissos pela manhã incluem visita, em Paranavaí, ao espaço que abrigará as instalações da Agroceres PIC, empresa líder no mercado de genética de suínos, e passagem pela Unidade Morumbi da Santa Casa. Depois, seguirá para Diamante do Norte e, por fim, Nova Londrina.
A expectativa é que ele conheça a estrutura hospitalar e converse com a diretoria sobre a importância de viabilizar o contrato para o custeio das atividades. Serão 108 leitos exclusivos para o Sistema Único de Saúde (SUS), disponíveis para pacientes de toda a região. Para o funcionamento efetivo, é necessário que haja cooperação entre a Santa Casa, o Governo do Estado e as gestões municipais, por intermédio do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amunpar).
Diretor-geral da Santa Casa de Paranavaí, Héracles Alencar Arrais destaca que atualmente o hospital dispõe de 129 leitos para o SUS. O início das atividades na Unidade Morumbi garantirá a abertura de mais 108, ampliando em 83% a capacidade de atendimento. “Toda a região vai ser beneficiada”, afirma. O prédio e os equipamentos estão prontos.
A formalização do contrato para envio das verbas de custeio permitirá fazer as contratações e em 60 dias o hospital estará de fato aberto, calcula Arrais. As atividades serão implantadas gradativamente até chegar ao pleno funcionamento, com mais de 400 funcionários. A Unidade Morumbi da Santa Casa, pontua o diretor-geral, será uma grande geradora de empregos, reunindo profissionais capacitados. Ele diz que os valores a serem destinados mensalmente ao hospital ainda estão sendo definidos.
Dificuldades financeiras – Desde o início da pandemia, em março do ano passado, a Santa Casa de Paranavaí viu as despesas darem um salto enorme. Com as cirurgias eletivas suspensas e a adequação de 40 leitos da ala particular para o atendimento de pacientes positivados ou com suspeita de Covid-19, as finanças ficaram desequilibradas. Soma-se à situação o elevado custo dos insumos, resultado da grande procura que se deu em todo o mundo.
Ao longo de todo esse período, o hospital tem recebido doações de outras entidades, associações, empresas e da comunidade. Ajudam, mas não são suficientes para cobrir todas as despesas. A avaliação de Arrais é que todas as dificuldades que a Santa Casa enfrentava antes mesmo da pandemia foram potencializadas com a crise sanitária.
Unidade Morumbi – O novo prédio da Santa Casa de Paranavaí foi inaugurado em dezembro de 2018, pela então governadora do Paraná, Cida Borghetti. Na ocasião, ela assinou o convênio para a liberação de quase R$ 20 milhões destinados à compra de equipamentos. Por causa dos trâmites burocráticos e de questões administrativas, o primeiro setor médico só começou a funcionar em janeiro de 2021, com a transferência do Centro Macrorregional de Oftalmologia, coordenado pelo médico Rubens Costa Monteiro Filho.
A expectativa era começar parte dos atendimentos já em março deste ano. A contratação de profissionais e a estruturação das alas hospitalares seriam feitas em etapas, mas a pandemia retardou o processo. Atualmente, a ala que abrigaria a UTI da Santa Casa está sendo utilizada pela Prefeitura de Paranavaí como hospital de campanha para pacientes com Covid-19, com previsão de desativação na próxima sexta-feira (6 de agosto).
Foto: Arquivo DN
Foto: Arquivo DN
