Os produtores de mandioca do Paraná finalmente dispõem de condições climáticas favoráveis para retomar as colheitas. Com isso, a oferta de matéria-prima paranaense para as indústrias cresce, e elas podem reduzir a dependência de outros estados. Esse é um dos temas do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 17 de março. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
As primeiras estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam uma área de 1.240.000 hectares e produção de 18 milhões de toneladas de mandioca no Brasil. No Paraná, segundo produtor da raiz, atrás apenas do Pará, estima-se que a safra 2021/22 terá 131 mil hectares, com produção de 2.850.000 toneladas.
Ainda que seja o segundo em produção, o Paraná é o primeiro produtor de fécula, com várias indústrias instaladas no território. A busca de mandioca em regiões mais distantes já faz parte do planejamento do parque industrial nos últimos anos, o que se reduz agora com a retomada da colheita. Mas a previsão é de safra menor e as indústrias devem novamente se socorrer em estados vizinhos.
Suíno, bovino e aves – Ao tratar dessas três proteínas animais, os analistas do Deral recorrem à pesquisa divulgada pelo IBGE nesta semana sobre o volume de abates feitos no Brasil em 2021. Em relação aos suínos, o aumento brasileiro e o paranaense ficou em 9%, refletindo maior exportação e maior consumo interno.
Na avicultura também houve aumento de abates e o Paraná se consolidou como principal produtor dessa proteína no País. O aumento foi de 3,4% em abates e de 8,1% em toneladas de carnes produzidas no Estado. Dessa forma, o Paraná foi responsável por 33,4% do total de carne de frango do País.
Na bovinocultura, ao contrário, houve redução de 16% no abate no Paraná em relação a 2020. Com isso, a produção de carne bovina caiu 14% no Estado. Foram produzidas 308,7 mil toneladas em 2021, com participação de 4% no volume nacional. No Brasil, a produção alcançou 7,4 milhões de toneladas.