REINALDO SILVA
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O Brasil vive um momento de recuperação econômica, com na realidade local. O município tem recebido investimentos e expandido as possibilidades de negócios. A avaliação é do gerente-executivo da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap), Carlos Henrique Scarabelli, que aponta o desempenho favorável como impulsionador de vendas para o Dia dos Pais. A projeção é crescer de 7% a 15% em relação ao mesmo período do ano passado.
A queda no número de diagnósticos positivos de Covid-19 e o índice reduzido de internações hospitalares dão mais tranquilidade para empresários e clientes. “A expectativa é que as lojas físicas voltem a ter melhores faturamentos.” A análise de Scarabelli é que o cenário é animador.
Gerente de uma loja de calçados no Centro da cidade, Flavien Augusto Pereira compartilha do otimismo. A possibilidade é chegar perto ou até mesmo atingir os mesmos patamares de vendas de 2019, quando “o ritmo foi muito bom”. O resultado superaria 2020, quando a pandemia de Covid-19 estava em plena ascensão. Naquela ocasião, a economia retrocedia e uma parcela importante dos clientes preferiu economizar nas compras.
A procura por presentes específicos para o Dia dos Pais já começou, mas o maior fluxo de vendas deverá ser registrado a partir de segunda-feira (1º de agosto). A abertura das lojas em horário estendido na sexta-feira (6), das 9h às 22h, e no sábado (7), das 9h às 17h, é a grande aposta para chegar aos índices de vendas esperados.
O Dia dos Pais é uma das principais datas comemorativas para o comércio. Para aproveitar a ocasião, “as empresas precisam inovar”, alerta o gerente-executivo da Aciap. “É necessário criar ativos atraentes, que não necessariamente o preço. A experiência do cliente deve ser levada em conta: a pandemia tem mudado os hábitos dos consumidores, que estão se acostumando com a compra virtual, portanto, é necessário oferecer um diferencial para tirar os clientes de as casa”, finaliza Sacarabelli.
Orientações – Gerente de uma loja de roupas, calçados e acessórios, também no Centro de Paranavaí, Juliana Mendes Bueno dá uma dica importante para os clientes: fazer as compras o quanto antes. Assim, encontram mais opções de produtos e têm maiores possibilidades de levar o presente ideal para os pais.
O coordenador do Procon de Paranavaí, Carlos Eduardo Balliana, acrescenta que a compra antecipada “permite que o consumidor pesquise e compare os preços e, assim, faça a melhor opção ao concluir suas compras, permitindo que as realize de maneira consciente e não por emoção”.
E por falar em pesquisa, o coordenador do órgão de defesa do consumidor destaca que a comparação de preços é de suma importância. Explica que, via de regra, os valores atribuídos aos produtos ou serviços são de livre iniciativa do mercado, ou seja, “são grandes as chances de encontrarmos variações consideráveis nos preços”.
Balliana ensina a avaliar o aspecto físico do produto e observar se está em perfeitas condições antes de retirá-lo do estabelecimento comercial. Tratando-se de produtos eletrônicos ou eletrodomésticos, o consumidor pode pedir, quando viável, que o atendente efetue, na própria loja, os testes para saber se estão funcionando normalmente.
Trocas – O coordenador do Procon explica quais são as políticas de troca de produtos, conforme dispõe o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Se o produto apresentou problema de funcionamento, o fornecedor tem até 30 dias para sanar o vício. Caso não ocorra, o cliente poderá exigir a substituição da mercadoria por outra da mesma espécie, a restituição da quantia paga ou o abatimento proporcional do preço.
Nas compras realizadas fora do estabelecimento, por exemplo, por telefone ou pela internet, “existe a possibilidade de arrependimento e o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias, a contar da contratação ou do recebimento do produto, ao tempo que qualquer valor eventualmente pago deverá ser restituído”, informa Balliana.
O coordenador do Procon segue: “Quanto à troca por motivo diverso, seja por arrependimento ou por não servir, em caso de roupas e calçados, por exemplo, tendo a compra ocorrido diretamente no estabelecimento comercial, não há previsão legal que obrigue o fornecedor a realizar tal troca”. Ainda que o produto seja um presente.
Alguns estabelecimentos adotam a prática como política para fidelizar os clientes. Nesses casos, há informativos com as condições necessárias para fazer a troca. É importante perguntar antes de fechar a negociação e solicitar que a possibilidade conste em algum documento.
O que é fundamental, conclui Balliana, independentemente da situação, é pedir e guardar a nota fiscal. “Se for necessário ingressar com alguma reclamação, trata-se de documento essencial.”