Na manhã desta quinta-feira, a Prefeitura de Paranavaí divulgou o posicionamento sobre a construção do ponto de coleta de resíduos sólidos no Parque dos Ipês, localizado na região do Jardim São Jorge. O assunto tem gerado polêmica desde o início das obras, com protestos dos moradores, intervenção do Ministério Público e suspensão da licença ambiental por parte do Instituto Água e Terra (IAT), órgão ligado ao Governo do Paraná.
A nota da Administração Municipal apresenta uma declaração do procurador-geral Benjamin Marçal Costa: “Em virtude da notícia da suspensão da licença, o município analisará a fundamentação da decisão, pois pretende recorrer. Não obstante, buscaremos o licenciamento da área institucional próxima. Infelizmente, enquanto isto, as obras ficam paralisadas”.
Ainda de acordo com o texto da Prefeitura, a escolha do local onde serão construídos os ecopontos ocorreu de maneira técnica. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Walther Barbosa de Camargo Neto, o Parque dos Ipês foi a opção para a construção do ecoponto em razão da logística e também por ser a única área que o município tinha mais centralizada. “Além disso, o assunto foi pauta de uma reunião do Conselho do Meio Ambiente e a proposta foi aprovada por todos os membros do conselho”, ressaltou.
Sobre a intervenção do Ministério Público do Paraná, que apresentou pedido liminar para a suspensão das obras na região do Jardim São Jorge, a nota da Administração Municipal diz reproduz argumentos do prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (KIQ): “A decisão da Justiça de negar a liminar do Ministério Público mostra que a decisão do município atende todos os requisitos necessários, do ponto administrativo e legal”.
No entanto, a ação ajuizada pelo MP traz outros apontamentos, como a necessidade de realizar uma audiência pública para ouvir a comunidade sobre o local de instalação do ecoponto. Em recente conversa com o Diário do Noroeste, algumas pessoas do bairro garantiram que não houve consulta à comunidade. O processo judicial ainda não foi concluído.
KIQ também falou sobre a importância dos ecopontos: “Visam a acabar com um problema que existe há mais de 40 anos em Paranavaí. O lixão a céu aberto, conhecido popularmente como buracão da Vila Operária. Nós queremos dar a destinação adequada aos resíduos e o ecoponto não é lixão e nem destinação final de resíduos, mas apenas uma área para que a população leve os resíduos até o local e o município dê a destinação correta”.
Outros detalhes, na edição impressa do DN de sexta-feira.