DA UOL-FOLHAPRESS
Bernardinho pediu demissão da seleção francesa de vôlei há duas semanas -alguns meses após assumir o cargo. O treinador veterano falou pela primeira vez sobre sua saída e disse que deixou a equipe para se dedicar aos cuidados de sua filha.
“Desde meu divórcio, a situação tem sido um pouco difícil com minhas duas filhas. A mais nova [de 12 anos] sofreu com a separação. Psicologicamente, ela estava mal. Discutimos, mas percebi que não podia deixá-la sozinha”, afirmou em entrevista ao jornal francês L’Equipe.
O carioca de 62 anos ressaltou que essa foi a decisão mais difícil da sua vida.
“A decisão foi a mais difícil da minha vida. Não é fácil abandonar um projeto tão bonito, tão especial. Estavam à vista os Jogos Olímpicos de Paris, com um grande grupo de jogadores”, lamentou.
Bernardinho marcou época dirigindo a seleção brasileira masculina de vôlei. Entre as conquistas acumuladas estão dois ouros olímpicos (2004 e 2016), duas pratas (2008 e 2012) e três títulos mundiais (2002, 2006 e 2010), além de oito Ligas Mundiais.
Antes, com a seleção feminina, ele havia conquistado dois bronzes olímpicos: nos Jogos de Atlanta, em 1996, e de Sydney, em 2000.