Na manhã desta segunda-feira (11), a Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar) e Federação das Industrias do Paraná (Fiep) apresentaram os resultados da contagem de tráfego de veículos na BR-376, no trecho que liga Paranavaí a Nova Londrina. Realizado entre os dias 20 e 26 de fevereiro, o levantamento aponta um aumento de aproximadamente 70% em comparação aos números apresentados pelo Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) em 2019.
O levantamento foi realizado pela empresa Perplan Engenharia de Campinas, que através de um sistema eletrônico fez a contagem do tráfego de veículos durante sete dias. O resultado tem como objetivo mostrar ao Governo Federal, através de números e estudos técnicos, a necessidade da duplicação da BR-376, no trecho entre Paranavaí e Nova Londrina.
Os números foram apresentados pelo gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep João Arthur Mohr, que explica que a contagem foi feita em dois pontos da BR-376.
No primeiro ponto, entre Guairaçá e Nova Londrina, foi registrado um volume diário médio anual (VDMA) de 5.572 veículos (carros, motos, caminhões e bitrens). Já o volume diário anual equivalente (VDMAeq), contagem feita pelo total equivalente de eixo, chega a 19.951.
No ponto 2, entre Paranavaí e Guairaçá esses números aumentam ainda mais, o VDMA do trecho é de 7.862 e VDMAeq de 23.368. Os dados apresentados pela ANTT em 2019 no mesmo ponto foi um VDMA 4.689, 18% menor que os atuais, e VDMAeq 11.770, 70% menos do que o apresentado nesta segunda-feira.
Com números apresentados, Mohr ressalta a necessidade da duplicação do trecho tendo em vista o aumento significativo no fluxo de veículos. A logística da safra de grãos oriunda do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com destino ao Porto de Paranaguá e o crescente desenvolvimento do turismo na região do Paraná (Porto Rico, Porto São José e Porto Maringá), são outros fatores importantes.
Lideranças – O presidente e o vice-presidente da Socipar Demerval Silvestre e Ivo Pierin, respectivamente, afirmaram que com a futura ligação do Mato Grosso do Sul pela Ponte no Porto São José, cujo EVTEA será efetuado pela Itaipu Binacional, o movimento será três vezes maior e se não ocorrer desde já a duplicação, a rodovia irá colapsar.
O empresário Miguel Tranin, presidente da Alcopar e vice-presidente da Fiep, afirmou categoricamente que a região não aceitará pista simples e que sem duplicação haverá resistência de todos os setores. “Jamais o Noroeste aceitará uma praça de pedágio e ficar apenas com terceiras faixas, pois dado ao volume de tráfego com caminhões pesados, os acidentes são frequentes e não é justo para com a população”.
A Socipar fez Protocolo da Contestação no Ministério de Infraestrutura, na ANTT e EPL, bem como junto ao TCU-Tribunal de Contas da União, encartando o levantamento de tráfego efetuado pela Perplan que justifica a necessidade de duplicação da BR-376 de Paranavaí a Nova Londrina e fará agora acompanhamento dos processos com a necessidade de que a classe política adote a mesma postura de que “Sem duplicação aqui não se instala praça de pedágio”.
O Trabalho de recontagem, contou com a ajuda financeira das empresas: Sicredi/Rio Pr sede Nova Londrina; Coopcana; Podium Alimentos; Sucos Prat`s; GT Foods; Euro Administradora de Condomínios; Alcopar; Cocamar; G10 Transportes e Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Maringá/Fetranspar.
(com informações de Demerval Silvestre, Ivo Pierin, Edilson Avelar e Dante Ramos Júnior, Coordenadores da SOCIPAR – Sociedade Civil Organizada do Paraná).