*Fabiano Lourenço Ferreira
Em cada um dos estágios da nossa vida, pessoal e profissional, convivemos com variados tipos de liderança. A primeira é exercida pelos nossos pais e família e, depois, quando chegamos ao ambiente corporativo, encontramos ao longo da carreira diversos modelos, e vamos aprimorando a nossa capacidade de liderar. No trabalho, quem não conviveu com um líder que deixava o trabalho na mesa durante a noite; o que era duro demais e gerava medo, o que era desinteressado e o time não respeitava? Mas, também, convivemos com líderes inspiradores.
Não é possível falar de liderança sem falar em poder — a habilidade de influenciar o comportamento e eventos, seja pela posição que ocupamos, pessoal ou relacional – e influência — processos que fazem com que a energia se transforme em ações. Na liderança, influência e poder são muito mais efetivos quando são trabalhados em conjunto, é como vamos conseguir reações nas pessoas, e esse é um dos caminhos que procuro trilhar.
Conceito em constante mudança – O conceito de liderança, nas empresas, vem mudando muito desde sempre, e cada vez mais rapidamente. A cada dia, surgem novas teorias, e algumas me chamam a atenção há muito tempo, quebrando paradigmas. Vou dar um exemplo. Uma empresa Indiana conseguiu reverter um período de resultados insatisfatórios mudando totalmente uma “verdade”: o cliente em primeiro lugar.
Um líder visionário, mudou esse conceito. Ele colocou os colaboradores em primeiro lugar, alegando que se a estrutura organizacional está feliz, se os colaboradores estão felizes, os clientes estarão felizes. Essa história aconteceu há 20 anos, mas somente há um ano ouvi esse conceito: “Empregados primeiro, clientes em seguida!”
O papel da arquitetura social – Líderes inspiradores não são apenas puxadores de resultados, contratadores. Hoje, o líder deve atuar baseado no conceito da arquitetura social, colocando pessoas no lugar certo. Em uma das minhas experiências profissionais, quando cheguei ao olhar a estrutura, imediatamente pensei: “Meu Deus, não consigo entender o que cada um faz em cada cargo”. Então, a arquitetura social busca colocar as pessoas nos lugares certos, recrutar as pessoas certas e formar um time, um grupo coeso alinhado aos objetivos do negócio que atuem na mesma direção.
O seu time precisa entender por que está fazendo aquele determinado trabalho. Qual o impacto? Por que está vendendo? Dentro das organizações essa pergunta deve estar muito clara, remetendo aos valores, à visão, à missão da empresa, que, no caso da minha atual, é ajudar a sociedade com suas tecnologias. Todos sabem isso dentro da organização. Então, por que estamos fazendo isso? Se você conseguir fazer com que a organização, o seu time entenda isso, eles vão trabalhar muito mais motivados e orientados.
Lições aprendidas – E qual será a maior lição que aprendi na minha jornada profissional, desde os tempos de estagiário? Que quando você é gerente de gente, é uma pessoa que lida com pessoas, você tem responsabilidade não apenas pelo lucro ou prejuízo de uma empresa. Você é responsável pela vida das pessoas.
A grande recompensa de um líder é o legado. Poder olhar para trás e dizer: “Aquele trabalho, eu tenho orgulho pois implementei, mudei, cresci, ajudei as pessoas do time”. É necessário fazer o seu time ter a visão de que ele precisa fazer o trabalho da sua vida. sempre buscando o melhor para a empresa, colaboradores e sociedade alinhado com os objetivos da empresa e da sua organização.
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