DA UOL-FOLHAPRESS
As vendas de bicicletas elétricas, também chamadas de e-bikes, bateram recorde em 2021, com crescimento de 27,3%. Foram 40.891 unidades vendidas, segundo a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike).
Quanto ao faturamento, foram R$ 289,3 milhões obtidos com as vendas, número 52,2% maior do que em 2020. Além da alta nas vendas, os preços de venda de cada bicicleta aumentaram 20%.
A explicação dos preços mais elevados se deve ao aumento do dólar frente ao real, aumento do preço do frete marítimo e a procura de consumidores por bikes de maior valor.
Os dados foram obtidos a partir de monitoramento de associados da Aliança Bike, junto de informações da Receita Federal e Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.
O sucesso desse tipo de transporte também pode ser explicado pelo preço médio da gasolina, em alta histórica. Além disso, bicicletas elétricas exigem menor esforço físico do condutor do que as convencionais.
As perspectivas de crescimento para este ano são boas, de 22% em um cenário conservador e 50% em um cenário otimista, podendo chegar, portanto, a mais de 61 mil unidades vendidas. A associação ainda aponta para fatos que podem ajudar a impulsionar as vendas, como foi o caso da retirada das bikes elétricas da cobrança do ICMS em São Paulo.
Indo para o cenário nacional, o Ministério da Economia zerou o imposto de importação para motores de bicicletas elétricas e a decisão ainda será comunicada aos demais países do Mercosul, que terão até 90 dias para se manifestar e levar a medida para frente. Após esse período, a redução tarifária terá validade de um ano com possibilidade de prorrogação por mais um ano.
A Aliança Bike disse ainda que os impostos relacionados às e-bikes alcançam 85% do custo – número 10% acima das bicicletas convencionais.