A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), a Confederação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos (CMB), a Confederação Nacional de Saúde (CNS) e a Federação Brasileira de Hospitais (FBH) divulgaram nesta segunda-feira (dia 2) nota conjunta em apoio aos deputados que estão atuando na busca de “uma solução que permita pagar o custo do Projeto de Lei que cria o piso salarial para a enfermagem: 16 bilhões de reais por ano, segundo cálculos dos próprios parlamentares”.
“Esta nota reforça a posição do setor que, em momento algum se posicionou contra o piso salarial da enfermagem – até porque reconhecemos a sua importância e seu valor. O que queremos são os recursos necessários para fazer o justo pagamento a esta categoria”, comentou o diretor-gerada Santa Casa e vice-presidente da Femipa (Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná), que representa 71 instituições hospitalares do Estado, Héracles Alencar Arrais.
A nota diz que “ao longo dos últimos meses, incontáveis vezes foram apresentados pelo setor de saúde dados que sinalizam para os equívocos da proposta, o que não invalida o mérito da categoria e a justiça de uma valorização salarial”. No documento em apoio aos “esforços da Câmara dos Deputados, em particular de seu presidente Arthur Lira”, as entidades, “em respeito aos deputados e à enfermagem, têm admitido trabalhar com esta hipótese: a votação de um conjunto de projetos que criam a despesa, mas, simultânea e responsavelmente, definem novos recursos para o setor. Ou como resumiu com propriedade o presidente Lira durante entrevista: ‘maneiras de subsidiar e suportar o aumento que será dado na carga dessas instituições que fazem saúde no Brasil’”.
“A votação do projeto que cria o piso salarial e, consequentemente, aumenta as despesas dos hospitais pode acontecer a qualquer momento. Por isso, as entidades resolveram reiterar sua confiança na Câmara, no sentido de os parlamentares encontrarem uma solução viável e rápida para sustentar os aumentos salariais propostos”, reforça Arrais. Ele diz que sem a busca do equilíbrio financeiro e o ajuste de mais despesas, mais recursos, os hospitais sucumbirão. “Teremos mais hospitais fechando, desemprego, redução na capilaridade dos serviços de saúde. Se não houver este ajuste receita x despesas, a valorização pretendida não conseguirá, apesar de justa, ser implementada pelos hospitais, que em sua maioria estão em momento de grave crise financeira”, finaliza o vice-presidente da Femipa.
(Assessoria Santa Casa)