REINALDO SILVA
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Os índices de cobertura vacinal contra a Influenza nos municípios do Noroeste do Paraná estão abaixo do esperado. A média geral é de 30,95%, mas a meta preconizada é de 80%. “A preocupação é porque estamos entrando em um clima mais frio, quando a propagação dos vírus aumenta”, disse a chefe de Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Samira Silva.
A vacina é trivalente e garante proteção contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B. De acordo com o Ministério da Saúde, a formulação é constantemente atualizada para que a dose seja efetiva. O efeito no organismo começa 15 dias após a aplicação. Por isso, “quanto antes o público-alvo estiver vacinado, menor o risco de complicações e internamentos pela Influenza”, destacou Samira Silva.
A campanha nacional de vacinação começou em 4 de abril, com a primeira etapa se estendendo até o dia 30 do mesmo mês. Os grupos prioritários foram idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde.
A fase seguinte teve início no dia 2 de maio e se estenderá até 3 de junho, contemplando crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade, gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, pacientes com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, profissionais das forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
O alcance vacinal na região é considerado baixo em todos os grupos. Os idosos imunizados representam 52,24%; os trabalhadores de saúde, 42,92%; entre as crianças, o índice é de 26,12%; e as gestantes são 13,66%. Com números ainda mais ínfimos, as puérperas vacinadas representam 8,02% do esperado; os pacientes com comorbidades, 2,35%; e as pessoas com deficiência, 0,55%.
Samira Silva explicou a importância de ampliar os índices de cobertura vacinal: estudos comprovam que as parcelas da população incluídas na campanha de imunização são mais suscetíveis à Influenza. A doença pode causar sintomas graves e até óbito.
Questão de saúde pública, a responsabilidade é compartilhada. “É uma via de mão dupla. Os profissionais de saúde precisam intensificar as ações, realizando busca ativa do público-alvo, e a população precisa procurar o serviço de vacinação”, alertou a chefe regional de Vigilância Epidemiológica. Aos municípios, ela sugeriu que adotem horários estendidos de atendimento e façam a chamada “vacinação extramuros”, com equipes indo de casa em casa para garantir a imunização.
Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Noroeste do Estado receberam doses da vacina contra a Influenza e estão ofertando para os moradores incluídos nos grupos prioritários.