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CAUSOS

Desvarios da loucura

Flamariom Lima já era um executivo de nome e de bom conceito. No mundo negocial estava cada vez mais próximo de alcançar seus propósitos de independência financeira.

Cansado de sua profissão de negociador, o que ele queria mesmo era alcançar seus empreendimentos sozinho, focava em grandes negócios pessoais.

Com visão profissional bem estruturada devido a sua experiência gerencial na empresa onde trabalhava, não escondia sua vontade de crescimento.

Tinha alcançado respeito na sociedade, gozava de bom trânsito na comunidade e sentia-se preparado para assumir cargos até públicos.

Formado em Administração de Empresas, com especialidade em marketing, dava palpites políticos, prestava serviços sociais, sentava como diretor da Associação Comercial, pertencia a clubes sociais e de serviço. Enfim, era pessoa de destaque na comunidade e isto fortalecia o desejo contido de sua independência.

Flamariom era casado, tinha dois filhos: Ubaldino com 15 anos e Claudio Lísias de 10, ambos estudantes em escola particular. A esposa Abigail era de boa formação familiar e como ele nascida em cidade de grande porte. Sabia-se que ele era pessoa importante e intelectualmente preparado, sisudo, de pouco trato, arrogante e, no fundo, um solitário.

De repente, Flamariom inicia seus devaneios de riqueza, começa a comprar empresas, frota de caminhões, fazendas tudo num relâmpago de acontecimentos. Firme, negociava com habilidade a compra de bens e empresas na região e fora do Estado causando surpresas no meio comercial e entre amigos.

Abigail começou a pedir socorro aos amigos para cessar as ações do marido. Estes, os amigos, se mobilizaram e foram a busca de Flamariom que neste estado de transtorno, descobriram ter ele um orientador espiritual, padre secular que lhe dava conforto e apoio espiritual.

Encontraram-no orando numa capela e quando os amigos se aproximaram, a estes lhes falou emocionado que acabara de ter visto Jesus. Vocês não O viram? Estava aqui comigo!

O padre generosamente o levou ao refeitório do Seminário. Seus amigos, servidos de suco de laranja, pediram ao orientador que pusesse um “sossega leão” no suco do Flamariom, rejeitado pelo bom Padre.

Depois de muitas negociações e argumentos, sem êxito, chamaram apoio da Polícia Militar, cujo comando destacou um oficial para atender a ocorrência. Entre os amigos havia um médico que, ajudado pelo policial, conseguiu aplicar-lhe sobre a roupa uma injeção de calmante.

Dopado, amarrado, Flamariom foi levado em ambulância para uma clínica psiquiátrica em outra cidade próxima. Recuperou-se e não mais foi visto na cidade, assim como sua família.

Teria sido isto fruto da cobiça, do orgulho, da inveja? Ou desvario, loucura?

Fonte: *Edmar Lima Cordeiro

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