A preocupação com a sucessão familiar rural no município de Paranacity, no Noroeste do Paraná, mobilizou a comissão de mulheres do sindicato rural local. Com apoio da Comissão Estadual de Mulheres da Faep (CEMF), o grupo criou o projeto “Sócio Mirim”, iniciativa que busca trazer filhos de associados para dentro da entidade sindical. Inclusive, cada criança tem a sua carteirinha de sócio, pintada por elas.
O lançamento do projeto “Sócio Mirim” ocorreu no dia 25 de outubro, na sede do Sindicato Rural de Paranacity. Na ocasião, a primeira turma-piloto já está formada, com a participação de 18 crianças. Conforme a demanda, o objetivo é ampliar o número de grupos.
“Estamos empolgadas com a aceitação do projeto. Nosso principal objetivo é apresentar o meio rural, as oportunidades, tudo que pode oferecer a essa nova geração”, destaca Amanda Nonsiboni Lopes, integrante da Comissão de Mulheres do Sindicato de Paranacity e coordenadora do projeto. “É uma solução criativa para o desafio da sucessão familiar no meio rural, questão que impacta diretamente no futuro do setor. Essa estratégia, em alguns anos, vai permitir colher frutos importantes para a agropecuária de região”, complementa Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema Faep.
O projeto prevê levar as crianças a propriedades rurais para que, por meio de visitas lúdicas, despertem o interesse pela permanência no campo. A primeira expedição ocorreu no final de novembro, quando um grupo de sócios mirins conheceu uma plantação de urucum. As próximas visitas estão programadas para uma plantação de laranja e, em seguida, em uma granja.
“As visitas serão mensais, sempre em um sábado para os pais acompanharem. O passeio será de duas horas e, ao final dele, faremos um piquenique”, explica Amanda.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Paranacity, Arnaldo Cortez, o projeto proporciona conhecimento em meio a diversão, algo fundamental para atrair as crianças. “Queremos mostrar que a vida no campo pode ser legal estimulando a imaginação delas. Estamos tratando as crianças exatamente como um sócio dentro do sindicato, para que, desde cedo, possam saber a importância do sistema sindical para a vida delas e de seus familiares”, destaca.
