Arde, com o calor do sol,
Os corpos bronzeados
Sobre as esquecidas areias
De uma esbranquiçada manhã.
Baila a brisa fresca por entre os seres
Enlaçados por sublime amor.
Move-se a pequena distância
As incansáveis ondas.
Brilha um mundo diferente,
Com ares de serenidade e imensidão.
Povoado por sensações primeiras,
Que deslizam sorrateiramente pelas curvas enamoradas…
O tempo voa como uma brisa,
Amornando lágrimas que insistem
Em embaçar lembranças cândidas.
Buscando com fervor o mesmo propósito pretérito
No calor do sol das esquecidas areias
Que desfilam apenas no cenário íntimo.
Decide continuar a jornada,
Importando-se pouco
Ao contato com as pedras,
Vertendo dores convulsivas,
jorrando ainda incessantes
e copiosas lágrimas.
.
Presente, apenas o sol,
para aquecer a cálida dor…
Com passos já trêmulos,
Cai de joelhos a observar,
A pequena distância,
As incansáveis ondas.
Que insistem em rememorar
Os risos enamorados, a cumplicidade
De corpos bronzeados Numa longínqua e esbranquiçada manhã




