Monique Manganaro
Da Redação
Um sistema de baixa pressão que atuou em superfície sobre o Paraguai e norte da Argentina é uma das causas das chuvas volumosas registradas em Paranavaí no fim de semana. Em apenas quatro dias, entre sexta-feira (12) e o início da tarde desta segunda (15), a cidade registrou 198,8 milímetros de chuva, ultrapassando a média histórica para o mês, que é de 158,6 milímetros.
Os dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) indicam que o maior volume ficou concentrado no domingo (14), quando a precipitação acumulada chegou a 106 milímetros. O volume em um único dia representa 65% da média histórica de dezembro e se tornou o acumulado mais alto registrado em todo o Estado.
As chuvas intensas provocaram estragos. Na manhã desta segunda-feira, equipes de diferentes secretarias municipais foram às ruas para fazer um levantamento e identificar pontos críticos. Alagamentos, pontes danificadas, crateras e estradas interditadas levaram a Prefeitura de Paranavaí a decidir decretar situação de emergência no município.
As informações serão agrupadas em um sistema da Defesa Civil e permitirão a publicação do documento, que seguia sendo preparado nesta segunda. “Depois que o decreto for publicado, nós conseguimos recursos de âmbito estadual e também federal. Não só o município arcar com tudo isso. Desde combustível, de óleo diesel, até reparos, manutenção, equipamentos, mão de obra e também materiais”, explicou o coordenador da Defesa Civil, Ademir Giandotti.
A prefeitura organizou uma força-tarefa, com a colaboração de todas as secretarias, para agilizar a resolução dos problemas. “É um momento de reconstrução da nossa cidade”, observou Giandotti. Para que os reparos comecem a ocorrer, no entanto, as equipes de trabalho do município dependem da estiagem do tempo. “O prefeito já está em conversa com o Governo do Estado para angariar recursos e nós fazermos toda essa reestruturação”, acrescentou.



