(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

ESPAÇO ALAP

A palavra como instrumento

Poema musicado de Chico Ramos, presidente do Conselho Honorífico da Academia de Letras e Artes de Paranavaí

Onde canta o sabiá

Onde canta o sabiá

Navegando nos palmares,

Chibambo medo minou!

Zumbis no tronco e açoite,

Tudo feito com efeito,

Feito coisa de feitor

Se o negro fala,

Se o negro não se cala

Chibata o faz calar

Liberta de nossa boca

A palavra é traiçoeira

Pode nos escravizar

Navegando contramares

Um golpe medo minou

AI cinco sufocou

Magelas tão pertinentes

Vergílios aniquilou

Se a gente fala

Se a gente não se cala

O agente nos faz calar

Liberta de nossa boca

A palavra é perigosa

Pode nos amordaçar

Navegando verdes mares

Diretas me dominou

De amarelo, azul e branco

Caras pintadas contentes

“Mãe Gentil” se engalanou

Se o povo fala

Se o povo não se cala

Povo pode até falar

Liberta de nossa boca

A palavra justifica

Pode até nos libertar

Navegando nossos mares

Um medo, medo minou

Da volta bem dita e dura

Dos golpes que brava gente

Até Seridó calou

Se a gente fala

Se a gente não se cala

A gente pode sonhar

Liberta de nossa boca

A palavra é poderosa

Pode até nos libertar

Onde canta o sabiá

Onde canta o sabiá

Compartilhe: