(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

CRIME DE ESTELIONATO

Delegado-chefe da Polícia Civil faz alerta sobre golpe do falso intermediador de vendas

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

A venda anunciada em uma plataforma digital chamou a atenção de Danielle, que estava em busca de uma motocicleta. O valor acessível motivou o contato com o vendedor, e as negociações pela internet avançaram. Detalhes acertados, faltava fazer a transferência dos documentos. Já na frente do cartório, ela fez o pagamento e, somente então, descobriu que se tratava de um golpe.

Não foi fácil para a vítima relembrar o fato. Contar os detalhes da história causa tristeza e traz à tona a realidade que precisa enfrentar: o crime de estelionato deixou para Danielle Bimbato Pereira um prejuízo de R$ 11.500. A moradora de Paranavaí foi até a Delegacia de Polícia Civil para fazer o boletim de ocorrência e aguarda o desenrolar das investigações para tentar reaver o dinheiro perdido.

O delegado-chefe, Luiz Carlos Mânica, explicou que a possibilidade de encontrar o autor é remota. Em casos como esse, os estelionatários abrem contas bancárias utilizando documentos falsos, extraviados ou até mesmo de pessoas que já morreram. Em algumas situações, emprestam contas de terceiros – que emprestam sem saber o motivo – e fazem o saque, para depois sumir sem deixar rastros.

Conhecido como golpe do falso intermediador de vendas, o crime tem se tornado comum nas plataformas online.

O criminoso copia o anúncio feito pela vítima em qualquer site de venda e cria um novo, falso, geralmente com o valor abaixo do mercado. Pede para que mantenha sigilo, porque comprará o bem e pagará uma dívida. A outra vítima, a pessoa interessada em comprar, também é orientada a se manter em silêncio. Após receber o valor combinado, o estelionatário combina de assinar o recibo em cartório. Só então os envolvidos se dão conta de que caíram em um golpe.

Mânica apontou alguns cuidados que podem ajudar a prevenir o crime. É preciso que vendedor e comprador mantenham o diálogo aberto e façam questão de se encontrar pessoalmente para que seja possível ver o produto negociado.

O delegado-chefe seguiu: “Confirme se a conta informada pertence ao vendedor ou algum familiar próximo (filho, esposa, pai, mãe etc.)” Outra dica é utilizar os meios de pagamento oferecidos pelas plataformas de venda.

O caso de Danielle – A situação relatada no início desta matéria comprova que mesmo seguindo algumas orientações, é possível ser vítima de estelionato. Danielle garantiu ao Diário do Noroeste que foi até a casa de um suposto cunhado do criminoso para ver a motocicleta. Gostou e confirmou a compra.

Na manhã seguinte, os dois foram ao cartório para finalizar as negociações. O homem levou os documentos, fato que deu credibilidade e a certeza de que Danielle sairia dali com a motocicleta. Ela fez a transferência do valor combinado via pix, em uma conta bancária que seria da esposa do golpista.

Ela relatou: “Quando terminei [a transação bancária], falei para o tal cunhado para a gente ir fazer a transferência do documento, e ele me falou que estava esperando o golpista passar o dinheiro. Falei que esse não era o combinado, que já tinha feito transferência, até comentei que tinha sido feito na conta da esposa e ele confirmou, mas não me passou documentos”.

Danielle continuou: “Comecei desconfiar e mandar mensagem para o golpista, foi quando ele me bloqueou. Comecei a ligar e ele não atendia, meu padrasto tentou ligar e também não atendeu. Percebi que tinha sido um golpe”. Foi depois disso que o suposto cunhado abriu o jogo e disse que não conhecia o golpista, que não eram cunhados.

Dinheiro perdido – Danielle contou que tinha R$ 5 mil e precisou financiar o restante do valor para fazer o pagamento da motocicleta. O valor estava abaixo da tabela, mas o golpista teria dito que precisava muito do dinheiro, por isso estava vendendo mais barato.

Sem os R$ 11.500 e sem o veículo, a vítima está vendendo rifa para conseguir pagar o financiamento. São 300 números a R$ 20 cada. A iniciativa tem como objetivo “conseguir o dinheiro do empréstimo e quitá-lo”. O prêmio de R$ 200 será no dia 31 de maio.

Delegado Luiz Carlos Mânica fez orientações para evitar ser vítima de crimes de estelionato
Foto: Arquivo DN
Compartilhe: