Para o aposentado Antônio Batista Verli, de Nova Laranjeiras, no Centro-Sul, a pavimentação é motivo de alegria. Por esses golpes do destino, ele comprou a propriedade cerca de seis meses antes de a obra de pavimentação da rodovia municipal João Antonio Wolff, no trecho entre os distritos de Guaraí e Rio da Prata, ter início. Aí, de cara, a localidade já passou a valer mais, fora os ganhos paralelos.
“Fiquei muito animado porque essa casa é a que eu quero viver até o fim da vida. Acabou o barro, a poeira. Podemos até estender a roupa aqui em frente que não suja mais”, diz. O trecho de 6 quilômetros recebeu investimento de R$ 1,46 milhão.
Satisfação compartilhada também pelo pessoal de Teixeira Soares, também no Centro-Sul, principal produtora de grãos (soja, milho e trigo) e leite do Núcleo Regional de Irati da Seab. A modernização dos 2,2 km da estrada da Comunidade de Ribeirão de Cima beneficia em torno de 600 produtores de quatro comunidades, em um investimento em parceria com o município superior a R$ 1,2 milhão, em convênio assinado em 2019.
“Moro a vida toda aqui e nunca tivemos uma estrada como essa. Antes era tanto pó e tanto barro que nem conto. Quando chovia, formava aqueles buracos da água. Aí a turma ficava toda enterrada no barro”, recorda a dona de casa Lídia Padilha. Em 2021, mais R$ 1 milhão foram aplicados por meio de outro convênio para beneficiar mais uma localidade rural do município de Teixeira Soares.
Em Palotina, no Oeste, o benefício atende a Linha Concórdia, que reúne produtores rurais de frango, suínos, soja e milho. A linha fica perto do Parque Estadual São Camilo, do câmpus da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do complexo agroindustrial da C.Vale, que emprega 7 mil pessoas. Em São Jorge do Ivaí, no Noroeste, com população de 5,5 mil habitantes, o convênio revitalizou uma estrada de seis quilômetro, essencial para o escoamento da safra. Em Paranavaí, a recuperação de uma via de 5,32 quilômetros no distrito Cristo Rei conecta a PR-557 e a região de criação de suínos na cidade.
Formato – Em todas as cidades são implementadas nas vias pedras irregulares ou blocos de concreto sextavado, dependendo da região do Estado – as cidades localizadas na Região Noroeste, em razão do Arenito Caiuá, necessitam de bloquetes maiores e mais resistentes. O Estado repassa os recursos para os municípios, que contratam as obras. A prioridade é atender regiões com fluxo grande de ônibus escolares, com grande capacidade produtiva ou que precisam de intervenção definitiva para encerrar com o sistema de atendimento apenas emergencial.