REINALDO SILVA
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A transmissão ainda existe, mas de forma reduzida. À medida que a vacinação contra a Covid-19 avança, os números de casos positivos, internações hospitalares e mortes caem. A chefe de Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Samira Silva, explica que quanto mais pessoas estiverem imunizadas, maior será a barreira contra o coronavírus e menores serão os índices de agravamento da doença.
Os dados comprovam a veracidade da avaliação. De 16 a 22 de maio, o Noroeste do Paraná confirmou 1.451 novos casos de Covid-19 e 20 mortes. Quatro semanas depois, de 13 a 19 de junho, foram 1.203 diagnósticos positivos e 66 óbitos (o volume mais alto desde o início de 2021). A partir da segunda quinzena de julho, as quedas foram importantes: do dia 18 até 24, a região teve 539 confirmações e 15 mortes; entre os dias 25 e 31, 279 pessoas positivadas e 12 óbitos.
Agosto começou com um dos menores volumes de mortes de todo o ano. De 1º a 7 deste mês, foram cinco registros, mesma quantidade da segunda semana epidemiológica de 2021 (de 10 a 16 de janeiro) e um pouco acima do período de 20 a 26 de junho, com apenas dois óbitos. De acordo com o Governo do Paraná, a situação é percebida em âmbito estadual. A média móvel de mortes diárias por Covid-19 caiu 61,2%, passando de mais de 50 para 22.
A primeira pessoa a ser vacinada no Noroeste do Estado foi o médico Bruno Leal, médico chefe da Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa de Paranavaí, no dia 19 de janeiro. Os profissionais de saúde da linha de frente de combate à Covid-19 abriram o calendário de imunização, seguidos de outros grupos prioritários definidos por idade, condições de saúde e área de atuação profissional. Agora, quase sete meses depois, mais de 75% da população dos municípios da região com idade acima de 18 anos já recebeu pelo menos a primeira dose da vacina.
Samira Silva chama a atenção para a necessidade de completar o esquema vacinal. A partir de 15 dias da primeira aplicação, o sistema imunológico desenvolve certa proteção contra o coronavírus, mas a maior eficácia da vacina se dá após a segunda dose. Até agora, 31% dos moradores do Noroeste do Paraná com mais de 18% completaram o cronograma de imunização – com duas doses ou aplicação única.
Variante delta – A disseminação da variante delta do coronavírus pelo Paraná fez as autoridades acenderem o sinal de alerta. Até a tarde de ontem, não havia confirmações de casos nos municípios da 14ª Regional de Saúde, mas na Macrorregião Noroeste, que inclui as áreas de Campo Mourão, Cianorte, Maringá e Umuarama, sim.
“Estamos atentos, em vigilância. Precisamos manter todos os cuidados sanitários para garantir que se uma nova variante aparecer seja possível interromper a cadeia de transmissão rapidamente”, afirma Samira Silva. A lista de medidas a que ela se refere inclui usar máscara de proteção facial, manter o distanciamento social e higienizar as mãos frequentemente. De acordo com os estudos científicos, a variante delta é transmitida de forma mais rápida, porém, não necessariamente mais fatal.