SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Fluminense fez sua parte e aplicou a maior goleada da história da Copa Sul-Americana na noite desta quinta-feira (26), batendo o Oriente Petrolero fora de casa por 10 a 1. No entanto, o time foi eliminado ainda na fase de grupos da Copa Sul-Americana com a vitória do Unión Santa Fe sobre o Junior Barranquila.
Diante da fragilidade do adversário, Matheus Martins abriu o placar com menos de um minuto de jogo. Tanto ele como Cano anotaram três vezes na partida. Arias, Caio Paulista, Manoel e Willian anotaram os outros gols do clube tricolor.
Apesar de superar a goleada de 9 a 0 do Defensor sobre o Huancayo-PER, em 2010, o massacre do Fluminense pouco adiantou. A equipe tirou a diferença de seis gols de saldo, mas precisava do empate no outro jogo do Grupo H para avançar no torneio. No entanto, o Unión Santa Fe triunfou por 4 a 0.
Mesmo encarando um adversário mais fraco, o técnico Fernando Diniz deve sair satisfeito com a atuação do clube tricolor. Com Cris Silva atuando como um lateral mais avançado, o time se portou muito bem em campo e foi extremamente eficaz, conseguindo fazer a vantagem que necessitava.
Arias recebeu sua primeira chance como titular com Diniz e aproveitou muito bem, assim como Caio Paulista, que balançou as redes pela primeira vez no ano. Matheus Martins, que fez sua estreia como titular, marcou um hat-trick e mostrou que pode ser muito útil no restante da temporada.
O início da partida foi frenético: era finalizar e comemorar o gol. Com menos de um minuto de bola rolando, Matheus Martins marcou seu primeiro gol como profissional, aproveitando a bola enfiada por Arias. Aos oito, Arias deu nova assistência, desta vez para Cano, que teve só trabalho de mandar para a rede.
Cano também anotou o terceiro, aos 12. Nonato cruzou da esquerda e o centroavante fez de cabeça. Também pelo alto, os bolivianos diminuíram aos 14. Ayrton Paz levantou da esquerda e Sebastián Álvarez aproveitou a indefinição de Fábio para descontar.
Para completar a chuva de gols, Arias anotou o quarto do Fluminense aos 16. Luccas Claro cruzou pela direita, a zaga afastou errado e deixou a bola na medida para Arias bater forte e balançar a rede.
O time da casa conseguiu ficar um pouco mais com a bola e esfriou o confronto. Contudo, Nonato iniciou uma confusão após sofrer falta de Jorge Rojas no meio-campo. Passado o tumulto, o árbitro Guillermo Guerrero expulsou os dois aos 29 minutos.
Precisando de uma vantagem de seis gols, o clube tricolor manteve a artilharia pesada e ampliou com Caio Paulista, aos 35, e Matheus Martins, aos 39. Willian carregou da esquerda e cruzou no gol de Caio, enquanto recebeu um belo lançamento no segundo e só escorou para Matheus marcar novamente.
Entre os dois gols, Quiñónez ainda fez um milagre. Cano recebeu lançamento e bateu cara a cara com o goleiro, que deu rebote. O artilheiro finalizou novamente, contudo Quiñonez foi muito rápido e conseguiu desviar com o pé.
Dois explosivos foram lançados ao campo na segunda etapa. O primeiro foi aos nove e o segundo aos 31 minutos. Nas duas ocasiões, o árbitro interrompeu a partida, conversou com o quarto árbitro e o delegado para que medidas fossem tomadas.
Matheus Martins e Cano aproveitaram o começo do segundo tempo para marcar mais um gol, cada, e chegarem ao hat-trick. Aos oito, Martinelli passou para Matheus, que ainda tirou o marcador antes de marcar.
Cano não quis ficar atrás do novato e também anotou seu terceiro gol aos 12 minutos. Willian fez a jogada pela esquerda e, na linha fundo, rolou para trás. Cano bateu e a bola ainda tocou caprichosamente na trave antes de entrar.
O Fluminense chegou ao décimo gol ainda antes dos 30 minutos da etapa final. Aos 20, Manoel subiu mais alto após cobrança de escanteio e fez o nono. Aos 29, John Kennedy se enrolou ao driblar o goleiro e a bola ficou fácil para Willian deixar o placar com dois dígitos.
O Fluminense tem pela frente um clássico no Campeonato Brasileiro. Pela oitava rodada, o clube encara o Flamengo no domingo (29), às 18h, no Maracanã, com mando rubro-negro. No mesmo dia, mas às 20h30, o Petrolero recebe o Bolívar pelo jogo de ia das quartas de final do Campeonato Boliviano.
ORIENTE PETROLERO
Quiñónez; Sandoval (Daniel Rojas), Álvarez, Zazpe e Paz; Rojas, Berdecio (Mercado), Sánchez e Freddy Roca (Facundo Suárez); Guaycochea e Saucedo. T.: Erwin Sánchez.
FLUMINENSE
Fábio, Caio Paulista, Luccas Claro (Calegari), Manoel e Cris Silva; Martinelli, Nonato e Arias (André); Matheus Martins (Luiz Henrique), Willian Bigode e Cano (John Kennedy). T.: Fernando Diniz.
Estádio: Ramón Tahuichi, em Santa Cruz de La Sierra (BOL)
Árbitro: Guillermo Guerrero (EQU)
Assistentes: Christian Lescano (EQU) e Ricardo Baren (EQU)
Cartões amarelos: Saucedo, Mercado, Salces (ORI); Willian, Luccas Claro, Cris Silva (FLU)
Cartões vermelhos: Jorge Rojas (ORI) e Nonato (FLU)
Gols: Matheus Martins (FLU), aos 01′, Germán Cano (FLU), aos 08′ e aos 12′, Sebastián Álvarez (ORI), aos 14′, Jhon Arias (FLU), aos 16′, Caio Paulista (FLI), aos 35′, e Matheus Martins (FLU), aos 39’/1ºT; Matheus Martins (FLU), aos 08′, Germán Cano (FLU), aos 12′, Manoel (FLU), aos 20′, e Willian (FLU), aos 25’/2ºT.