MATHEUS TEIXEIRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (6) que pretende criar mais três ministérios caso seja reeleito neste ano. O chefe do Executivo mencionou a possibilidade de recriar as pastas da Segurança Pública, da Indústria e Comércio e da Pesca.
“Pretendemos, em havendo reeleição, dividir melhor os ministérios, criar no máximo mais três para que possamos melhor administrar nosso país. Pela extensão do nosso país, se justifica isso aí”, afirmou o mandatário em entrevista ao canal Agromais, do grupo Bandeirantes.
Hoje o governo Bolsonaro tem 23 ministérios, sete a mais do que os 15 prometidos na campanha eleitoral de 2018. Sob a gestão de Michel Temer (MDB), seu antecessor, eram 29 pastas.
Bolsonaro afirmou que considera “positivo o reestabelecimento” dos ministérios da Segurança Pública e da Indústria e Comércio e que “até a questão da Pesca pode ser estudada”.
No entanto, disse que a medida só deve ficar para ano que vem, caso seja reconduzido à Presidência. “Agora não porque dependeria de criação de cargos e não temos margem, manobra para isso aí”, disse.
Na entrevista, Bolsonaro também afirmou que o governo pode anunciar novas medidas para reduzir o custo do combustível no país nesta semana.
“O Paulo Guedes [ministro da Economia], espero que nos próximos dias resolva a questão dos combustíveis no tocante a impostos pelo Brasil. Ele já se demonstrou favorável a isso, tem trabalhado no tocante a isso.”
“Espero que nos próximos dias, até esta semana mesmo, tenhamos uma boa notícia sobre preços dos combustíveis no Brasil”, afirmou, sem dar detalhes de o que será feito em relação ao tema.
O chefe do Executivo disse que a “Petrobras tem uma ganância enorme” e criticou o “lucro exagerado” registrado pela estatal.
Em relação à privatização da empresa petrolífera, o mandatário disse que a considera “muito difícil”. Ele citou o início dos estudos feitos pelo governo para venda da Petrobras, mas disse que “dificilmente vai para frente” e que “correndo tudo certo” levaria ao menos quatro anos.
Bolsonaro também voltou a fazer insinuações golpistas sobre as eleições deste ano e a atacar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em especial os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso -este último deixou a corte no início de 2022.