Reinaldo Silva / Da Redação
A comissão que apura a denúncia de quebra de decoro parlamentar contra o vereador de Paranavaí Roberto Cauneto Picoreli (Pó Royal) decidiu dar seguimento ao processo. O caso segue agora para a fase de instrução, com oitivas, seleção de testemunhas e reunião de provas que o grupo julgar necessárias.
A denúncia se baseia em acusações de ameaça e perseguição a ex-namoradas. Pó Royal também teria utilizado o cargo político para chantagear uma servidora pública.
O documento foi apresentado na sessão ordinária de 16 de maio. Na ocasião, os vereadores acataram a denúncia por unanimidade, num total de oito votos. Pó Royal foi imediatamente afastado das funções legislativas, sendo substituído na semana seguinte pelo suplente Delcides Pomin Júnior.
De acordo com a presidente da comissão processante, vereadora Maria Clara, havia duas possibilidades: o arquivamento da denúncia, que levaria ao fechamento das investigações, com apreciação da decisão em plenário pelos demais parlamentares; ou a continuidade do processo.
“Ele apresentou defesa prévia e a partir disso decidimos pelo seguimento da denúncia.” A presidente da comissão processante garantiu que ao vereador investigado estão sendo conferidas todas as garantias de ampla defesa e apresentação do contraditório.
Pó Royal se defende dizendo que os casos citados na denúncia já tinham sido resolvidos anteriormente, sem qualquer dano para as pessoas apontadas como vítimas. Ele também alega ser alvo de perseguição política por parte de adversários, uma estratégia para impedir que se candidate a deputado federal.
A comissão tem 90 dias para concluir as apurações, prazo contado a partir da data de notificação do vereador afastado, 20 de maio.