JOANA CUNHA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A diferença entre o valor das mensalidades ofertado pelos cursos de graduação presenciais e o preço efetivamente vendido nunca esteve tão grande, segundo levantamento do site Quero Bolsa, que acompanhou as variações do mercado desde 2019.
Em maio, as mensalidades anunciadas pelas instituições de ensino foram de R$ 743, em média, mas no final das contas, os estudantes conseguiam fazer suas matrículas pagando R$ 478 por mês.
“Tivemos demanda reprimida por causa da pandemia. A volta e a procura dos alunos elevou a disposição das faculdades para aumentar seus preços. Porém, na prática, elas tiveram que aumentar seus descontos”, diz Marcelo Lima, da Quero Educação, empresa dona do Quero Bolsa.
O cenário também pode ser resultado do esvaziamento dos beneficiários do Fies, programa de financiamento do governo, o que obriga as universidades a fazer desconto para atrair a demanda, segundo Lima.
Ainda de acordo com a pesquisa, desde o fim de 2021, os preços ofertados estão acima da inflação. As vendas, por sua vez, ficaram abaixo do IPCA acumulado a partir de janeiro.
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