REINALDO SILVA
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“Tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram.” O trecho bíblico retirado do livro de Mateus exalta a prática da caridade e promete como recompensa o Reino de Deus.
Aqui na Terra, ajudar os que mais precisam é inspiração para o fotógrafo Nivaldo Santos, de Paranavaí. “É um desejo que vem do coração. Quanto mais pessoas eu puder ajudar, mais feliz fico.” Depois de dois anos, ele está retomando a campanha de arrecadação de alimentos, roupas e cobertores.
Antes, foram cinco anos de ação solidária envolvendo toda a comunidade, unida pelo desejo de promover melhor qualidade de vida para as pessoas que enfrentam situação de vulnerabilidade. Ver alguém passando fome e frio é angustiante, estarrecedor.
Com a chegada da pandemia de Covid-19, em 2020, o fotógrafo fez uma pausa na campanha. Enfrentou momentos difíceis e viu de perto os efeitos mais cruéis do coronavírus. Por medidas de segurança sanitária, eventos sociais foram suspensos, e Nivaldo Santos perdeu a principal fonte de renda. Também experimentou o luto e viu um familiar entrar para a lista dos quase 700 mil brasileiros mortos por complicações da doença.
A retomada das atividades profissionais e a redução da crise sanitária trouxeram novo ânimo ao fotógrafo. A recém-lançada campanha solidária está circulando pelas redes sociais, com o pedido de ajuda de todos.
É simples participar. Basta doar qualquer tipo de alimento não perecível e peças de roupas e cobertores – novos ou usados, desde que estejam em boas condições de uso. Outra possibilidade é fazer contribuições em dinheiro, com transferência via Pix (nivaldofotos@hotmail.com). No caso de itens alimentícios e de vestuário, basta combinar a melhor forma de entrega.
Nivaldo Santos faz um cálculo simples para mostrar que quanto mais pessoas ajudarem, melhores serão os resultados: em um universo hipotético de 3.000 voluntários, se cada um doar R$ 2 a campanha terá R$ 6.000.
A princípio, a ideia é encontrar o público-alvo nas ruas e nos bairros periféricos de Paranavaí. Um andarilho, um desabrigado, uma família sem renda fixa e com dificuldades financeiras. Nas andanças do dia a dia, o fotógrafo se depara com muitas pessoas nessas condições e fica sabendo de tantas outras com iguais problemas. “Sempre busco informações para descobrir quem são e onde estão.”
A postura altruísta não tem viés político-partidário. Para Nivaldo Santos, trata-se de uma iniciativa humanitária, para dar mais dignidade àqueles que foram esquecidos e deixados à margem. Não existe pretensão de lançar candidatura ou promover a própria imagem, apenas o desejo genuíno de ajudar.
Interessados em contribuir podem entrar em contato com Nivaldo Santos através do WhatsApp (44) 99966-9699.