*Andrea Cominato
Em meio à minha atribulada rotina, uma das atividades que faço diariamente é ler notícias e, em uma recente, me deparei com os interessantes dados de uma pesquisa relacionada à Sustentabilidade. No levantamento produzido pela Weleda, uma marca suíça de cosméticos naturais e medicamentos antroposóficos — aqueles feitos exclusivamente a partir de substâncias minerais, vegetais e animais –, mostra que a reciclagem de materiais é a medida mais importante a ser tomada por 23% dos respondentes quando o assunto é preservação ambiental.
Conduzido pela Nielsen, o estudo, em sua primeira edição, contou com mais de 4 mil participantes de seis países incluindo o Brasil. Outro dado destacado é que sete, em cada dez brasileiros, acreditam que suas ações contribuem para a preservação ambiental. E eu entendo que a indústria tem um papel importante nesse processo de conscientização, mas não apenas no sentido econômico, para a conquista de novos investimentos. Precisamos nos tornar influenciadores das melhores práticas e exigir o mesmo daqueles dos quais fazemos negócios. Por isso, quero aproveitar esse artigo para divulgar algumas de nossas iniciativas nessa frente tão prioritária.
Mesmo classificados como uma empresa que possui atividade não poluente, nós levamos o assunto muito a sério aqui no Grupo New Space. E, mais do que simplesmente seguir as recomendações da legislação ambiental, o Meio Ambiente é um pilar estratégico de nossa atuação. Entre as ações, quero começar pela mais recente que divulgamos: a Campanha de Descarte Consciente de Lixo Eletrônico. Desenvolvida em parceria com a Recicla Digital, visa promover a destinação adequada aos equipamentos eletrônicos sem uso e de engajar nossos colabores na cultura de sustentabilidade — esse último ponto ainda merece um importante aparte.
Nossas campanhas não se limitam aos resíduos produzidos internamente. Para garantir a efetividade de nossas ações, nosso time é frequentemente instigado a inserir a reciclagem em sua rotina trazendo, inclusive, materiais de sua casa para serem descartados dentro da empresa, entre eles, óleo de cozinha, pilhas, baterias etc. Por aqui não medimos esforços e todos são aplicados continuamente na redução dos impactos ambientais e na busca pela eficiência no uso dos recursos naturais. Ainda nesse sentido, possuímos uma rígida Política de Gestão de Resíduos, além de desenvolvermos um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), repleto de princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte e destinação final de todos os resíduos sólidos gerados na empresa.
Outra boa ideia que registro aqui é participar de iniciativas mundiais como a do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual somos signatários desde 2009 e participamos anualmente com o fornecimento de dados referentes a nossa performance em seus 10 princípios, relacionando-os com as atividades desenvolvidas na empresa e pelo nosso time de voluntários. De periodicidade anual também é o CDP (Carbon Disclosure Project), considerada a maior e mais importante iniciativa mundial de monitoramento, gestão e divulgação de insights visando mitigar os impactos nas mudanças climáticas, e pelo qual reportamos as nossas emissões de carbono em um inventário de gases de efeito estufa (GEE).
Campanhas internas, ações voltadas para os colaboradores… Mas e os clientes e fornecedores? Como fazer para também influenciar esse importante componente de nossa cadeia de valor? Uma ótima alternativa nesse sentido é o desenvolvimento de um Programa de Engajamento, composto por uma série de políticas exigidas para que a determinada empresa faça parte do mailing de parceiros. Outra boa ideia é promover auditorias focadas no assunto. Quem investe nisso não só ajuda a cultura interna, mas também aproveita de boas ideias que podem ser implementadas internamente, como foi em nosso caso.
Frente a tudo que foi exposto, não poderia concordar mais com a ideia de que o mundo corporativo precisa ser o grande incentivador desse processo de conscientização. As empresas devem promover iniciativas que ultrapassem as barreiras físicas de onde estiverem inseridas. Precisam ser um modelo a seguir, proativas e porta-vozes de boas práticas. Quem ganha com tudo isso é o planeta e, como consequência direta, todos nós.