REINALDO SILVA
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Na próxima semana, o vereador de Paranavaí Roberto Cauneto Picoreli (Pó Royal) deverá apresentar as alegações finais para a Comissão Parlamentar Processante (CPP) que apura suposta quebra de decoro. A denúncia levada ao Legislativo Municipal é baseada em acusações de perseguição, ameaça e chantagem.
Assim que receber a denúncia, a CPP fará as devidas avaliações e emitirá o parecer conclusivo. Independentemente da decisão do grupo, o texto será levado para a votação em plenário, podendo terminar com o arquivamento do caso ou a cassação do mandato de Pó Royal.
Integram a CPP os vereadores Maria Clara Gomes, presidente, Professora Cida Gonçalves, relatora, e José Galvão, membro. Eles têm 90 dias para concluir as investigações, prazo contado a partir de 20 de maio, quando Pó Royal foi notificado oficialmente sobre o processo.
A denúncia por falta de decoro parlamentar foi levada a público no dia 16 de maio, com leitura do presidente da Câmara de Vereadores, Leônidas Fávero Neto. Na ocasião, ele anunciou o afastamento temporário de Pó Royal das funções legislativas.
Na segunda-feira (11), o denunciado foi convidado pela Comissão Processante para apresentar sua defesa oral. A declaração foi rápida. Ele disse que é inocente das acusações e não se pronunciaria mais. Sem a oportunidade de fazer perguntas, a presidente Maria Clara declarou o fim da reunião.
Em outras oportunidades, Pó Royal afirmou que é vítima de perseguição política. A denúncia seria um caminho para levá-lo à perda dos direitos políticos, assim, ficaria impedido de concorrer a deputado federal, como anunciou ter interesse.