ADÃO RIBEIRO
Pré-candidato a senador, o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, visitou a redação do Diário do Noroeste nesta quarta-feira. Ele falou sobre a trajetória no Judiciário, o trabalho no Ministério e a decisão de disputar uma cadeira de senador da República. “O Senado precisa de vozes independentes e fortes”, sintetizou.
Moro destaca que se colocou na condição de pré-candidato a presidente como contraponto ao que considera polarização no País. Porém, por diversas questões, incluindo a estrutura do Podemos, mudou de legenda para o União Brasil. Por isso, agora pleiteia a cadeira de senador. Concorda que mantém a sua linha, de “Não podemos desistir do Brasil”.
No Paraná, o União Brasil decidiu apoiar a reeleição do governador Ratinho Júnior. Moro não vê dificuldade em conviver com outros candidatos ao Senado neste grupo. (O deputado federal Paulo Martins e o deputado estadual Guto Silva também pleiteiam a vaga). Lembra que no plano federal o União Brasil tem candidato à Presidência, o deputado federal Luciano Bivar.
Sobre o tema, ele rechaçou a possibilidade de Bivar desistir da candidatura para compor com partidos de esquerda que integram a coligação que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato ao Palácio do Planalto. Cita que o União Brasil é de centro-direita, portanto, não alinhado com as propostas da esquerda.
Disputa – Questionado sobre o fato de que possivelmente enfrentará o senador Alvaro Dias pela única cadeira paranaense em disputa no pleito, Moro antecipa que quer fazer uma campanha de alto nível. Adverte que não tem nada contra Alvaro Dias, um dos entusiastas da sua candidatura à presidência, que acabou não se confirmando.
Integração com o Mato Grosso do Sul – Sergio Moro também defende a viabilização do projeto que interliga a Região Noroeste ao Mato Grosso do Sul com duplicação da BR-375 até São Pedro do Paraná e construção da ponte até a cidade de Taquarussu (MS).
Ele propõe um debate amplo sobre a infraestrutura paranaense, inclusive com a potencialização de energias renováveis. No caso da região, a energia solar precisa ser estimulada, avalia. O turismo e o escoamento da produção devem ser levados em conta no processo.
Saúde – Sobre os problemas vividos pela Santa Casa de Paranavaí e outras instituições filantrópicas de saúde, Moro entende que é preciso rever o financiamento. Um dos pontos é atualizar a tabela do SUS (Sistema Único de Saúde). Também os hospitais devem potencializar o atendimento privado para ajudar no custeio do atendimento público.
Ele cita ainda outras áreas sensíveis, entre as quais, a educação. Nos dois casos (educação e saúde), analisa que a tecnologia pode ajudar agilizar os serviços.
Falando sobre o Diário do Noroeste, o postulante defendeu a liberdade de imprensa. Por fim, lembrou que nasceu em Maringá e que conhece muita gente nas cidades da região. “Sou um pé vermelho”, finalizou. Sergio Moro e equipe visitaram o DN na manhã desta quarta-feira. A entrevista completa está em nosso site.