ADÃO RIBEIRO
Jovem, filiado ao União Brasil, Felipe Francischini é deputado federal. Na última quarta-feira, ele visitou a redação do Diário do Noroeste e falou sobre diversos temas nacionais. Admitiu que há uma polarização no País, o que acaba comprometendo algumas pautas. Também ressaltou a importância da presença nos municípios, conversando diretamente com as pessoas.
O parlamentar explica que a polarização é natural e ocorre inclusive nos Estados Unidos da América (onde só há dois partidos). Mas, o cenário de 2022 no Brasil tem algumas dificuldades.
No sentido prático, a dita polarização reflete nos trabalhos do Congresso Nacional. Pautas importantes, avalia, ficam represadas por conta do posicionamento político. Os contrários ao Governo acabam se manifestando contra medidas relevantes, enquanto os ditos de centro preferem aguardar o desenrolar das eleições para se posicionar.
Ele exemplifica que a reforma da Previdência foi aprovada. No entanto, outras ações, como a reforma tributária, estão paradas no Senado. Em síntese, Francischini entende que a polarização deve permanecer por mais um período e é preciso conviver.
Noroeste – Sobre a região, o parlamentar falou do projeto de duplicação da BR-376 e interligação via ponte com o Mato Grosso do Sul. Aprova a iniciativa e analisa que o Estado não tem recursos para “fazer tudo”. Porém, vê a possibilidade de financiamentos e de aportes por parte do Governo Federal.
O deputado prega que a região continue se desenvolvendo, levando em conta as demandas de cada cidade. Municipalista, detalha que hoje apenas 30% da arrecadação retornam aos estados e uma parcela dessa verba fica para as cidades.
Saúde – Na saúde, Francischini entende que é preciso fazer mudanças na forma atual de envio de recursos. Emendas, por exemplo, o Tribunal de Contas não aprova o uso do dinheiro para pagar dívidas ou custeio. Segundo ele, é cobrada a contrapartida de ampliar o atendimento. Com isso, o recurso se torna apenas um paliativo. Por isso defende mudança na legislação.
O deputado fez tal explanação ao ser questionado sobre a Santa Casa de Paranavaí, maior hospital da região e o de mais resolutividade, ou seja, o que atende casos considerados mais graves. A Santa Casa, a exemplo de todos os hospitais filantrópicos do Brasil, passa por dificuldades financeiras, agravadas pela pandeia de Covid-19.
Por fim, o parlamentar afirmou que o Brasil precisa de deputados reformistas, que trabalhem questões importantes como as reformas tributária e a administrativa. Insiste que é fundamental que o dinheiro fique nos municípios.